Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Nas passarelas brasileiras, as influências do Y2K, a ultra feminilidade, o utilitarismo e a silhueta justa andam lado a lado com o calor das cores terrosas e dos tecidos leves.

Foram mais de 50 desfiles entre os dias 16 e 20 de novembro. E com a maior parte deles novamente em formato presencial, a edição 54 da São Paulo Fashion Week voltou a apresentar tendências mais consistentes, alinhadas com outros comportamentos sociais e desejos comerciais.

Na esteira das semanas de moda internacionais, a sensualidade aparece com força entre as propostas nacionais. O saudosismo da virada do milênio, encabeçado pela geração Z, continua influente, trazendo de volta a cintura baixa, a silhueta justa e muitos recortes. Tecidos leves, acetinados e rendados são trabalhados com volumes sofisticados e interpretações sobre a alfaiataria, que agora também se alinha ao movimento da ultrafeminilidade.

A seguir, listamos as 10 principais tendências da temporada:

Ultrafeminilidade para todes

A feminilidade, como é tradicionalmente interpretada, fica mais interessante quando avança sobre o guarda-roupa masculino, bagunçando as idéias de gênero. João Pimenta, que carrega essa subversão em seu DNA, trouxe calças, paletós e outras sobreposições com volumes laterais que, vistos no todo, se confundem com vestidos dos séculos passados. Outra marca que faz essa provocação é a Greg Joey: camisetas-vestidos e macacões-chemises são algumas das sugestões que introduz para o guarda-roupa delas e deles nesta temporada. Já a Bold Strap pesa a mão – sem medo – no estereótipo da patricinha para oferecer diversão às produções com vários tons de rosa, plumas, brilhos, transparências, recortes e amarrações.

Mangas e ombros volumosos

O volume nas roupas é uma tendência geral, mas durante a SPFW tais proporções exageradas brilharam especialmente nas mangas e ombros. As estampas eletrizantes de Meninos Rei conseguem ficar ainda mais impactantes quando aliadas a volumes bufantes ou cortes amplos. E esse é só um exemplo dos vários nomes que incorporaram a estrutura às peças: Isaac Silva, Lenny Niemeyer, Weider Silveiro são outros deles..

Utilitarismo

Bolsos, compartimentos externos e outros detalhes que evocam o fator funcional das roupas poderão ser observados com maior intensidade nas próximas estações. Calças cargo e macacões são exemplos que já encontramos nas ruas e que devem ganhar ainda mais força. A pegadinha é que, às vezes, essas funcionalidades ocupam apenas um lugar estético, como nas blusas afiveladas da Dendezeiro. E tudo bem. Elas realmente são um espetáculo à parte.

Tecidos leves 

Thear, Lucas Leão, Santa Resistência, Handred e muitas outras marcas exploraram texturas suaves em suas coleções. Combinada com o acetinado, a fluidez de tecidos quase transparentes ou extremamente finos traz um ar quase sublime ao andar, provocando um movimento livre de rigidez e esforço. Liberdade que combina com tempos mais descontraídos, após os anos de pandemia mais severa e outros desafios nacionais.

Roupas encapadas 

Falando em sobreposição, as capas também marcaram presença nas passarelas E quando não na sua mais pura essência, em vestidos e jaquetas que fazem referência ao seu desenho alongado. É o caso do vestido vermelho, que abriu o desfile da Neriage, e o florido de Heloisa Faria, além das blusas de Rocio Canvas com mangas longas abertas frontalmente.

Entre o céu e a terra

Nesta temporada, as principais cores são uma tonalidade de azul bem intensa e outra de marrom mais fechada e neutra. Esta última colore muitas das novidades, como as apresentadas pelo Apartamento 03 e Misci, e é acompanhada de outros tons terrosos, como o cru, o bege, off-white, cinzas e rosados claros. Já a outra, ganha destaque na Neriage, que sempre apostou nela, e na Lenny Niemeyer.

Corset

O que não quer dizer que o completo oposto não tenha lugar ao sol. A silhueta justa também aparece com tudo, puxada por uma nova interpretação e abertura para diferentes corpos. Além dos tecidos colados na pele, uma das principais propostas é o corset. A estrutura não aparece somente em blusas, como é o mais comum, e incorpora o desenho de vestidos, jaquetas e outras peças. À La Garçonne, Another Place e Ellus destacaram bastante esse contorno da cintura em suas criações. 

Lingerie à vista

Além do corset, outros elementos que remetem ao underware invadem o inverno 2023. É o caso dos bodies de Anacê, com a abotoação aberta e visível, ou dos tops e shorts de renda da ALG, e do macacão de Walério Araújo com recorte central. 

Cintura baixa

 A questão não é mais se a cintura baixa está voltando ou não, mas, sim, de que forma ela volta. Se nos anos 2000, a tendência estava atrelada à cultura da magreza, desde as últimas semanas de moda internacionais é possível ver este caimento mais baixo de calças, saias e shorts, com a proposta de serem usadas e abusadas por pessoas de todos os tamanhos e formas. A Korshi 01, por exemplo, anda por esta linha.

Colegial

Outra influência da moda Y2K, os uniformes dos colégios americanos dão as caras as caras nas passarelas da SPFW em conjuntos xadrez revistados, como os apresentados por Anacê e Martins, e nas camisetas de baseball de Ellus. O look engravatado também merece atenção. Apareceu, por exemplo, na passarela da Korshi 01. 

https://elle.com.br/moda/10-tendencias-da-spfw-para-ficar-de-olho

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