Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Simon destaca que a marca cresce por investir em pesquisa de produtos e reforçar a coleção feminina
Simon destaca que a marca cresce por investir em pesquisa de produtos e reforçar a coleção feminina

A moda primavera-verão chegará mais cara às lojas. Principalmente os produtos importados, pressionados pelo aumento da cotação do dólar em relação ao real. O índice varia de produto para produto, em uma margem entre 10% e 15%. Internamente, as fábricas tiveram elevação de custos em função da valorização do algodão e do encarecimento de mão de obra, o que também se reflete nos preços. Para o diretor da Feira Nacional da Indústria da Moda (Fenim), Julio Viana, o maior problema não é a alta, mas a falta de estabilidade na cotação da moeda norte-americana.

Apesar do realinhamento de preços, os empresários participantes da Fenim estão otimistas. A perspectiva é de crescimento entre industriais, importadores, representantes comerciais e lojistas que participam da mostra que começou ontem, no Serra Park, em Gramado, e vai até sexta-feira, 22 de Junho, entre 10h e 19h. A expectativa é baseada no desempenho positivo do primeiro semestre. Mas pode melhorar ainda mais se as baixas temperaturas chegarem para ficar a partir de hoje - data oficial da chegada do inverno - e ajudarem o varejo a reduzir seus estoques.

Para a primavera-verão, as empresas investem em peças mais elaboradas, com tecnologia e acessórios. Na Pitt Jeans, de Santa Cruz do Sul, as pesquisas de produtos, os investimentos em marketing e o aumento do mix de produtos femininos devem levar a marca a fechar 2012 com incremento de 10%.

Considerando-se que outras marcas vêm perdendo espaço e que a Pitt conquistou um aumento anual de 25% em 2010 e 2011, o índice é significativo, segundo o gerente comercial, Eduardo Simon. Já os preços devem se manter, explica Simon, pois apenas 5% da confecção é importada.

Na Fenim, a Pitt apresenta uma novidade: uma calça com enchimento que aumenta o bumbum. Se a intenção for apenas “levantar” essa parte do corpo, a marca traz uma calça com recorte diferenciado e que ajuda a natureza. Calças com aplicações de pedrarias, brilhos e outras que se moldam ao corpo feminino também são sucesso de vendas.

A diretora da Paniz Malhas, Adelaide Paniz, diz que somente no final do ano os aumentos de preços serão detectados. Isso porque a empresa de Farroupilha trabalha com estoques altos e negocia entre os meses de outubro e novembro a compra de fios. Para fugir da concorrência por preço, Adelaide dá a receita: “Todas as peças têm um diferencial de criatividade”, conta.

Na Miss L, confecção plus size feminina de Florianópolis (SC), o sócio Cleverton Almeida explica que os custos aumentaram em torno de 10%. No caso da Miss L, o algodão foi o vilão, pois responde por quase 90% da matéria-prima utilizada na produção das peças.  Mas o fato de trabalhar com um nicho de mercado tão específico - o plus size – e onde a carência por produtos é grande, a consumidora paga.

O diretor das Lojas Graciosa Alexandre Chang detectou um aumento em torno de 15% na moda feminina. “Os aumentos foram gerais, tanto entre nossos parceiros importadores quanto locais, pois muitos dos fabricantes brasileiros também compram matéria-prima lá fora e a mão de obra aumentou bastante”, afirma o empresário.
Mas essa alta não deve atrapalhar o desempenho da rede, que deve crescer 5% este ano. A Graciosa possui oito lojas em Porto Alegre, Caxias do Sul e Bento Gonçalves.

Fonte:|http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=96368

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