5 Mais 1 em Paris - Moda Masculina

[Romildo de Paula Leite]

Na Cidade-luz, a mostra masculina para a primavera-verão 2017 teve o seu tempo esgotado no domingo, 26 de junho. Mas, no país que acolhe o campeonato europeu de futebol, o prolongamento acontece, também, fora da passerelle, com as tendências que marcam golos depois dos desfiles. Das mangas de proporções exageradas à nova versão da androginia, as tendências da moda homem para a próxima estação quente estão fechadas em Paris.

 

A agência noticiosa AFP recolheu, entre os desfiles de moda masculina que integraram o calendário parisiense, cinco tendências para a primavera-verão 2017 e a fashionup.pt acrescentou-lhe uma alínea, deixada pelos samurais andróginos de Hugo Costa.

 

O esplendor na manga

A tendência que começou nas blusas femininas há algumas estações, tem chegada agendada ao guarda-roupa masculino. As mangas super-longas em peças completamente oversized desfilaram nas propostas de marcas como Balenciaga, Rick Owens e Juung.j.

 

Djellabas com um twist

As vestes tradicionais desde sempre tiveram espaço no imaginário dos designers e, para a primavera-verão 2017, os talentos do menswear deixaram uma abordagem diferente aos djellabas. Christophe Lemaire, OAMC e Issey Miyake deixaram-se inspirar pela peça.

 

Macacão em função

O workwear tem vindo a merecer as atenções das marcas e, em Paris, o macacão subiu à passerelle. Desconstruído pelas mãos da Andrea Crews, numa versão combinada com chapéus na Junya Watanabe ou em alternativa tropical na Lemaire, a peça promete morar nos guarda-roupas mais arrojados.

 

O regresso do tartan

Tema recorrente na moda, o tartan tem regresso agendado para a estação quente de 2017, graças à intervenção de marcas como Louis Vuitton, Kolor, Facetasm ou OAMC.

 

A nova guarda da androginia

Os looks andróginos já há muito marcam presença nas passerelles dedicadas à ala masculina. Em Paris, homens e mulheres desfilaram intercalados em propostas masculinas, bem como em minissaias (Maison Margiela) e tons pastel (Pigalle). Walter Van Beirendonck partilhou o mesmo ambiente em cores femininas e jogos de transparência.

Acrescentando uma alínea a este quinto ponto, Hugo Costa, o designer português conhecido pelas propostas de streetwear unissexo (ver A metamorfose de Costa), encenou, no dia 24, uma luta samurai – sem espadas, mas com guerreiros sem género. Escrevendo o tema da coleção em torno do bushido – o rígido código de conduta associado à figura do samurai – o designer concretizou em Paris o seu primeiro desfile internacional em formato individual.

As «formas e aplicações modernas dos volumes e texturas usadas nas artes marciais japonesas», nas palavras de Hugo Costa, tomaram conta de propostas oversized, numa paleta de vermelhos, rosas e cinzas.

As peças, que estão a gerar burburinho nos portais da especialidade, procuraram dar corpo a um estilo de vida, «abrangendo as dimensões física, espiritual e moral, com foco no autoaperfeiçoamento, realização e crescimento pessoal», destacou ainda o designer no comunicado divulgado pelo Portugal Fashion que, com Hugo Costa, iniciou o seu roteiro internacional.

Fonte: AFP 

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