Quando falamos de novas opções para a moda tradicional, também entramos no assunto dos tecidos. Como já apresentamos aqui (texto jeans orgânico), a plantação de algodão pode ser muito agressiva para o nosso meio ambiente. Então, consumir moda consciente também é levar em conta o impacto que o tecido utilizado na peça tem no planeta.
Um jeito simples de se obter essas novas alternativas é ir para dentro do laboratório e trazer dos avanços tecnológicos a solução. Cânhamo e seda sustentável (texto) são algumas dessas inovações que já melhoram a relação entre produção e meio ambiente.
Mas temos também outras novidades de tecidos para contar para vocês:
Newlife da Sinterama é um fio de poliéster produzido na Itália e 100% reciclado de garrafas de plástico. Utilizando processos mecânicos, ao invés de químicos, exige 94% menos água e 60% menos energia, além de gerar 32% menos emissão de carbono do que o poliéster virgem.
Livia Firth, diretora criativa do Eco-Age e cofundadora do Green Carpet Challenge (Desafio do Tapete Verde), usou no 69 Globo de Ouro um vestido assinado por Giorgio Armani feito com o tecido.
Na foto mostramos um casaco da Max Mara feito com Newlife em sua coleção Primavera/Verão 2014.
Bacx produzido na Itália pelo Centro Seta é uma linha de tecidos que inclui uma seda certificada com o Global Organic Textile Standard. Ele é um tecido de seda híbrido que inclui fibras Newlife, “Green” fibras e um novo fio de seda regenerado de residuos de fiaçao.
Em 2015, Erdem o tecido Bacx para sua coleçao Eco Age “Green Carpet”.
Cupro recuperado do linter do algodão (fibras curtas encontradas envolvidas no caroço do algodão, são obtidas após a retirada da pluma do mesmo) e produzido pela japonesa Asahi Kasei, o tecido tem a textura de um rayon, mas respira e regula temperatura como um algodão.
COS (foto do post), Donna Karan e Maison Margiela são algumas das marcas que adotaram o tecido.
Re.Verso é derivado das sobras de fabricação de lã e caxemira, e fruto de uma “plataforma têxtil” colaborativa apoiada pela C.L.A.S.S. e com participaçao de 3 empresas italianas: Green Line,Nouva Fratelli Boretti e Lanificio Stelloni.
Re.Verso usa 89% menos água, 76% menos energia e gera 96% menos emissão de carbono.
Gucci usou o tecido para a coleçao masculina 2015 de Outono/Inverno.
Roica também da Asahi Kasei é uma fibra stretch composta de até 50% de resíduo pré-industrial. Este é o primeiro fio stretch sustentável.
Na Premierè Vision de Paris, a marca Huit de lingerie apresentou uma coleção com o tecido Deep by Ripa que contém fibras Roica.
Ecotec produzido pela italiana Marchi&Fildi é o primeiro e único (até agora) algodão rastreável e certificado pela Oeko-Tex, sendo produzido 100% de resíduos reciclados de algodão.
Estima-se que ele consuma 56,6% menos energia, 77,9% menos águas e emita 56,4% menos gases de efeito estufa. O fio, devido a seu desempenho, pode produzir de malhas a meias.
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Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
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