Se ainda estivessem vivos, o príncipe Rainier III e a atriz Grace Kellycomemorariam nesta terça-feira (19) 60 anos de casados. O casamento principesco parou o mundo em 19 de abril de 1956 e foi transmitido pela TV, visto por 250 mil pessoas de vários países, ávidas por conferir os detalhes da cerimônia que uniu uma das atrizes mais populares de Hollywood, ganhadora de um Oscar de Melhor Atriz, e o chefe de Estado de um dos menores países do mundo.
Hoje em posse do Museu de Arte da Filadélfia, o vestido da noiva foi criado pela figurinista Helen Rose, dos estúdios Metro-Goldwyn-Mayer, que deram a peça de presente para a atriz – em valores de hoje, o vestido teria custado cerca de R$ 184 mil.
Trinta costureiras levaram dois meses para produzir o modelo de tafetá de seda, gola alta, mangas compridas e decorado com rosas de renda Valencienne e milhares de pérolas. A inovação ficou por conta do corpete de renda e da faixa de cetim em volta da cintura. Uma curiosidade: Helen não era a primeira opção de Grace. A atriz queria que a amiga Edith Head se encarregasse de seu vestido, mas acabou prevalecendo o poder da MGM.
A atriz carregava um
buquê de lírios, que deixou depois da cerimônia aos pés da Santa Devota, padroeira de Mônaco. Inúmeras tiaras de diamantes foram apresentadas a Grace, mas ela preferiu inovar ao utilizar uma toca com flores de laranjeiras na cabeça. O véu, de 90 metros de comprimento, ganhou aplicações de renda e pérolas. No pé direito, uma moeda de cobre foi embutida pela grife americana Evins para lhe dar sorte.
Para se casar com seu príncipe, Grace, então com 26 anos, interrompeu uma bem-sucedida carreira de seis anos no cinema, com 11 filmes no currículo. Mil e oitocentos jornalistas de todo o mundo a aguardavam desembarcar do navio S.S. Constitution, no qual ela viajou durante oito dias de Nova York até Mônaco com 50 familiares, seis damas de honra, 80 bagagens e seu cachorrinho. Oliver, presente do amigo Cary Grant.
O casamento civil aconteceu no dia 18 de abril de 1956 na Sala do Trono do Palácio de Mônaco e Grace recebeu 140 títulos de nobrezana ocasião. Ela usou um vestido de tafetá rosa clarinho também feito por Helen Rose. À noite, o casal participou de uma festa de gala na Ópera do principado.
A cerimônia do
do casamento religioso, no dia seguinte, reuniu 600 convidados, entre os quais as atrizes Ava Gardner e Gloria Swanson, o ator Cary Grant e o armador grego Aristóteles Onassis, que, na época, tinha grande influência em Mônaco. Ele foi um dos maiores apoiadores do casamento de Grace e Rainier, pois via na união uma forma de trazer turismo e divisas para o país, que vivia às voltas com problemas financeiros, dependia muito do cassino e tinha questões tributárias seriíssimas a resolver com a França. A princesa mudaria para sempre a cara do principado, que se tornou um destino glamoroso de festas e eventos culturais patrocinados por ela, sempre com cunho filantrópico e presença do jet-set internacional e de artistas de Hollywood.
Reflexo de uma época do
minada pelo estilo “ladylike”. o vestido passou imediatamente a servir de inspiração para as noivas mais clássicas, pois é um exemplo de recato, elegância e tradição. Mas, nos anos 60, a revolução jovem e do prêt-à-porter acabou por influenciar vestidos mais minimalistas, de corte reto e simples e o modelo de Grace Kelly foi deixado de lado.
O vestido “princesa” voltaria à moda nos anos 2000, nos casamentos, por exemplo, de Kate Middleton com o príncipe William (2011, Alexander McQueen), da apresentadora Luciana Gimenez com o empresário Marcelo de Carvalho (2006, Daslu), da blogueira Lalá Rudge com o empresário Luigi Cardoso (2012, Sandro Barros) e, por que não, na união da personagem Nicole, de Marina Ruy Barbosa, na novela Amor à vida (2013, Lethicia Bronstein).
Grace e Rainier tiveram três filhos: Caroline (1957), Albert, o atual príncipe (1958) e Stéphanie (1965). O conto de fadas terminaria de forma trágica em 14 de setembro de 1982, quando a princesa morreria num acidente enquanto dirigia seu carro nas curvas de Mônaco, tendo Stéphanie como única passageira.
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