A declaração da presidente Dilma de que para sair da crise o brasileiro “terá que trabalhar um pouquinho mais”, acabou sendo ofuscada pela notícia da semana – aquela divulgada pelo IBGE de que janeiro significou 99,7 mil vagas de emprego a menos no país. Um outro fator, não menos importante, porém, passou batido: o início da temporada de divulgação de resultado das grandes empresas brasileiras. Até agora, toda nossa percepção da crise se dava unicamente pela visão macro, de dados divulgados pelo IBGE ou outros órgãos do governo. Agora, em posse dos resultados de grandes empresas, é possível perceber o impacto da crise de formas distintas, como o aumento do endividamento, ou mesmo entender as perspectivas do setor produtivo para o ano seguinte. Empresas como Hering ou a rede Boticário, por exemplo, anunciaram que esperam ajustar as contas em 2016 fechando unidades pouco lucrativas.
Para o varejo, 2015 significou a perda de 180,6 mil vagas, cerca de 12% do total de vagas perdidas no país ao longo do ano. Nada menos do que 1/3 disso veio de grandes redes. Em um ano onde o setor viu o fechamento de nada menos do que 95 mil lojas, o fechamento de redes tradicionais, até então acostumadas ao boom da renda e a ascensão da “nova classe média”, chama a atenção
Pela primeira vez em 11 anos, a renda média da população caiu. E o resultado disto afeta as grandes redes.
Aqui, listamos nestes 7 exemplos de como nem mesmo gigantes estão salvos de tempos de ajustes.
A centenária rede holandesa completa em 2016, 40 anos de Brasil. No balanço do ano, porém, há pouco a comemorar. Ao longo de 2015 a empresa fechou lojas na capital paulista, no interior e em outros estados como o Rio Grande do Sul. O foco da empresa tem sido reduzir lojas em shoppings, forte indicativo de que o desaquecimento do setor pegou a maior varejista de moda do país. Em 2015, o setor de shoppings registrou aumento de 5% nas vendas, contra 9% da média dos 3 anos anteriores.
O forte crescimento da renda levou a ascensão das redes de supermercados ao longo da década. Varejistas como a Companhia Brasileira de Distribuição, dona do Pão de Açucar, viram suas vendas saltarem de R$ 13,14 bilhões em 2005 para R$ 65,52 bilhões em 2014. Em 2015, porém, a rede registrou seu primeiro prejuízo em 15 anos: de R$ 314 milhões, contra um lucro de R$ 1,76 bilhões de um ano antes. Para controlar custos, a rede, agora controlada pelos franceses da Casino, tem fechado lojas maiores e apostado em lojas menores, de varejo de bairro. A empresa sozinha foi responsável por demitir 3 mil trabalhadores em apenas um trimestre.
A maior rede de varejo do mundo, com faturamento mundial de US$ 482 bilhões, cerca de ¼ do PIB brasileiro, chegou ao Brasil por meio da aquisição da bandeira Bom Preço, no Nordeste, e desde então, especializou-se em adquirir outras marcas, como os supermercados BIG, no Rio Grande do Sul. Também se ajustando ao crescimento menor do setor e a queda na renda, o Walmart fechou nada menos do que 60 lojas no país em 2015. A empresa prevê se reestruturar mundialmente, fechando 115 lojas fora dos Estados Unidos (incluindo as 60 lojas brasileiras).
Ainda no mesmo setor, a rede holandesa Makro, anunciou o fechamento de lojas no país. A motivação, entretanto, está mais ligada à concorrência, com redes como Assaí, do Pão de Açucar e Atacadão, do Carrefour, que abocanham parte do mercado de “atacarejo”.
A varejista paulista de moda feminina, fundada em 1948, viu em 2015 o seu primeiro prejuízo desde que decidiu tornar-se uma empresa com ações listadas em bolsa, em 2007. A crise no varejo não criou sozinha as perdas da rede, mas sem um cenário favorável, qualquer perspectiva de ajuste da varejista teve de ser adiada.
Em 2015 a empresa anunciou o encerramento das suas vendas diretas, de porta em porta, e o fechamento de cerca de 5% das suas lojas. Sem perspectivas, a empresa anunciou que deve seguir cortando custos por meio desta redução de escala.
A maior varejista de móveis e eletrodomésticos do país, controladora das marcas Ponto Frio e Casas Bahia, viu em 2015 seu lucro encolher nada menos do que 99,7% em relação a 2 anos antes; enquanto suas vendas caíram outros 12%. O resultado para o ano, porém, não é uma exceção no varejo. Entre janeiro e setembro de 2015 a rede fechou 70 lojas, além de reduzir em 7 mil seu número de funcionários.
Para 2016, as perspectivas da empresa indicam menores investimentos, mantendo o ritmo de reajuste a um cenário novo para o mercado, de queda na renda média das famílias. Mantendo-se a expectativa em relação a 2016 divulgada pelo Banco Central, 2015-2016 deverá representar a maior queda na renda da população brasileira já registrada na história – cerca de 7% negativos.
A rede que leva o nome do estilista uruguaio, viu sua primeira loja no Brasil ser inaugurada em Ipanema, na década de 70. De lá pra cá a Victor Hugo presenciou o período de hiperinflação, 3 períodos de recessão, 2 calotes na dívida pública e 6 planos econômicos fracassados. Foi durante a crise de 2015, porém, que a empresa decidiu fechar sua loja no Rio de Janeiro. Tradicionalmente menos afetado por crises que os demais, o mercado de luxo também sentiu o baque, em especial pelo preço da alta do dólar.
No ano em que marcas como as americanas Kate Spade e BareMinerals deram adeus ao Brasil, a grife chegou a suspender regalias como as oferecidas aos jornalistas durante o São Paulo Fashion Week, tudo para conseguir manter-se em meio à atual turbulência.
A marca norte americana possivelmente está entre as mais conhecidas dentre o varejo de roupas no Brasil. Por aqui, a empresa é representada pelo grupo GEP, dono também da rede Luigi Bertolli. Em crise financeira, o grupo entrou com pedido de recuperação judicial para tentar resolver sua situação, o que acabou levando o grupo a ter de abandonar a parceria que o levava a gerir a marca americana no país.
A difícil situação do consumo no Brasil, somada às incertezas em relação ao dólar e o crédito, não tiveram como fator apenas fechar lojas já instaladas no país. Grandes redes internacionais, que estão sempre em busca de novos mercados, chegaram a cogitar ampliar sua atuação no Brasil. Dentre as quais, a loja de departamentos norte-americana Sears, que completa em 2016 seus 130 anos de fundação, cogitou inaugurar lojas no país, plano que foi adiado até segunda ordem.
Em 2013, quando traçava planos para sua volta ao país (de onde saiu na década de 80), a rede norte-americana chegou a cogitar abrir 300 lojas em 10 anos. Até o momento, entretanto, nenhuma foi inaugurada. O mesmo acabou ocorrendo também com a marca Aéropostale, que pretendia explorar a marca de forma oficial no país, uma vez que a rede já é conhecida por aqui pelo uso indiscriminado da grife pelo comércio informal.
http://spotniks.com/7-grandes-marcas-que-estao-fechando-suas-lojas-...
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Boa noite , Marina Lencioni !
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Acho que o varejo e cíclico,independe da crise,sempre tem fechando e outros abrindo.
Veja G.Aronso,Mesbla,Mappim,Sears,Bazar 13,fecharam lojas,foram compradas por outras.Hoje,como nos EUA,teremos o ciclo de fachamento de grandes centros comerciais de varejo,crise, não,mudança de habito.Nada é eterno tudo se transforma.A palavra chave é produtividade,mais pelo seu dinheiro.
Fazer a leitura correta do mercado e se adaptar urgentemente a ele, custo, produtividade, qualidade, diversidade, qualificação em busca do produto perfeito, correção nos gastos, maximização dos recursos e analise e tomada de decisões que impliquem até em fechamento de lojas a onde a rentabilidade é baixa. Fechar o negócio jamais, sim reavaliar e viver um novo momento.
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