Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Obra de Alexandre Heberte na exposição Grafismo Têxtil

Muitas pessoas imaginam que a arte esteja vinculada apenas a suportes como telas, ou técnicas como a escultura. O trabalho de Alexandre Heberte com o tear de pente liço é uma prova a mais de como uma alma de artista consegue se manifestar de muitas outras maneiras.

 

Alexandre Heberte no processo de tecelagem Alexandre se intitula artesão da tecelagem, e como tal possui muitos trabalhos de uso pessoal e decoração que enchem os olhos femininos de brilho e desejo. Seus xales ricos de tramas e texturas são muito bem feitos e suas bolsas com uma mistura brasileira de materiais novos e reciclados saem totalmente do comum. Peças únicas que chamam atenção onde estiverem.

 

Fora isso Alexandre se dedica muito à pesquisa na combinação de fios e materiais, além do entendimento de como suas tramas de tear podem passar mensagens de teor artístico. Tanto seu trabalho tem sido reconhecido, que sua participação em exposições de alto nível são constantes, com seu nome sempre ao lado de outros grandes nomes da tecelagem como Renato Imbroisi e Ivone Rigobello. E isso é muito merecido.

Painel decorativo que Alexandre chama de Exercício de Tecelagem 

 

Hoje eu trouxe para vocês esse depoimento que para mim é extremamente rico quando menciono aos meus leitores o quanto é importante a busca da superação na qualidade e acabamento de nossas peças. Hoje quem vai falar para vocês sobre isso é Alexandre Heberte, mais que um tecelão, um verdadeiro artista. Conta Alexandre:

 

Graças ao tear passei a conhecer pessoas incríveis. José Donizete, Juan Ojea, Bete Landmann, Henrique Schucman, Tiyoko Tomikawa e Sylvia Ribeiro, são os mestres que atualmente me iluminam de conhecimento e técnicas. Há muitos outros com os quais gostaria de poder aprender. Estudar para não passar informação errada. Para crescer como profissional, sim, sempre.

Peças durante o processo de confecção no tear de pente liço

Tecer é bem simples. Basta prender os fios do urdume, que passam pelo pente, nos eixos traseiro e dianteiro, e através da abertura da cala, passar a navete preenchida com o fio que dará forma a trama. Mas, existe o antes, o durante e o depois assim como tudo na vida; que textura quero dar a peça, as combinações certas das cores, será plana ou de relevo, lisa ou estampada, que cuidados devo ter na operação do tear, que cuidados na hora de manufaturar acabamentos, o que pode dar certo, o que pode dar errado? Por isso conhecimento e prática são tão importantes e indispensáveis.

Comecei a fazer cursos de corte e costura e Corel DRAW para agregar valores, ampliar meu universo pessoal. Daí quando digo que não se limita ao ato em si de tecer, é porque acredito na interdependência das coisas. A arte da tecelagem é milenar, há nomes para tudo, saber disso, saber como é que funciona, é isso que gera mais qualidade dos nossos movimentos e ações como profissional.

O tear entrou na minha vida pra ficar e sinto cada vez mais um “frisson” com todo processo de criação e descobertas.

Que tal unir moda, arte e sustentabilidade? Pensei um dia…

Mas me considero um bom calouro no mundo têxtil.

 

Alexandre, para um calouro você está se saindo um perfeito mestre. 

Esse depoimento para mim é o espelho do motivo que levou esse jovem a ter tanto sucesso em tão pouco tempo. Que sirva de inspiração para todos vocês que desejam se destacar em suas técnicas. A grande lição sempre será: estudar mais e mais.

 

Bolsa tramada com fita K7 por Alexandre Heberte Xale com texturas variadas feito por Alexandre Heberte

 

Sucesso para o Alexandre, e todos vocês que tiverem interesse em adquirir tanto suas peças decorativas e de uso pessoal quanto seus trabalhos artísticos

Fonte:|http://www.viladoartesao.com.br/blog/2011/09/a-arte-de-alexandre-he...

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