Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A criminalidade no México está a afetar as expedições de vestuário destinadas ao mercado norte-americano, obrigando as empresas do setor a recorrerem a escoltas de segurança. Apesar das dificuldades, o setor de vestuário mexicano registou um elevado crescimento em 2011.

dummy
Criminalidade atinge vestuário

 A Associação de Vestuário do México pediu ao governo para reforçar a segurança nas estradas do país, face à crescente criminalidade perpetrada contra os carregamentos de vestuário destinadas ao mercado de exportação. «Há Cada vez mais e mais empresas dos nossos membros a reclamar que as suas cargas são atacadas e roubadas no Norte do país», indica Cláudia Ramos, diretora-geral da Canaive, a principal associação comercial do país. Ramos acrescenta que as cargas roubadas custaram ao setor cerca de 700 milhões de dólares no ano passado. A situação em alguns portos, incluindo Nuevo Laredo, México, que liga a New Laredo, Texas, piorou nos últimos meses, na sequência do aumento dos ataques das redes de crime organizado contra todos os tipos de cargas de mercadorias.

Esta situação, conjuntamente com crescente comércio de drogas no Norte do México (especialmente perto da área da cidade de Monterrey), tornou cada vez mais difícil, e dispendioso, exportar para os EUA através desta rota.

«Todas as cargas necessitam de ser escoltadas por seguranças privados e as seguradoras não assumem a proteção», afirmou Carlos Cherem, presidente da Canaive, numa conferência de imprensa para anunciar os resultados comerciais do setor de vestuário. «Custa 20.000 pesos mexicanos (1.700 dólares) contratar serviços de segurança para movimentar as mercadorias da Cidade do México até Manzanillo», outra das principais fronteiras com os EUA.

Ramos revelou ainda que o setor tem desviado cargas através de Veracruz e Manzanillo para evitar a “perigosa” rota Monterrey - Nuevo Laredo. A diretora-geral da Canaive considera, todavia, que as condições da estrada também deviam melhorar no México, onde um sistema de estradas com portagem foi ampliado nos últimos anos, mas ainda podem apresentar condições precárias. A responsável afirmou que que a indústria está cada vez mais dependente do transporte ferroviário – mais lento, mas mais seguro –, apesar de a rede ser muito pequena no México.

Em 2011, as exportações sectoriais (96% dos quais vão para os EUA) subiram 8% para os 4,2 mil milhões de dólares. As vendas domésticas também foram robustas (incluindo a totalidade das lojas), aumentando 11,3%. Apesar deste desempenho, Cherem alertou contra uma inundação descontrolada de importações chinesas, que representaram a maior parte do aumento de 20% registado o ano passado, atingindo os 728 milhões de dólares. O presidente da Canaive disse que o setor diminuiu os esforços para que o governo ajude a combater o comércio chinês, que está a provocar grandes perdas para os produtores nacionais, devido a uma enchente de produtos sub-valorizados e de contrafação. Estes representam cerca de 60% de todas as roupas vendidas no México, de acordo com a Canaive.

Para combater as importações chinesas, a associação está a procurar estabelecer acordos de cooperação com os seus homólogos na China. Cláudia Ramos anunciou que o setor espera assinar diversos acordos antipirataria com cinco associações regionais de vestuário no início do corrente ano. Os acordos vão também procurar fortalecer o comércio bilateral entre os dois países e a cooperação na investigação e desenvolvimento de vestuário.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40440/xmview/...

Exibições: 175

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço