Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Depois da euforia das grifes estrangeiras de fast fashion com o mercado brasileiro, a rede varejista espanhola planeja abrir 60 lojas em três anos

Horácio Broggi, presidente: “A fase de testes já acabou. Agora, vamos entrar com força no mercado”
Horácio Broggi, presidente: “A fase de testes já acabou. Agora, vamos entrar com força no mercado” ( foto: Rodrigo Dionisio/Frame)

No concorrido mercado de moda europeia, a varejista espanhola Desigual não chama a atenção somente pelas cores e estampas extravagantes que expõe nas vitrines. A despeito da crise no Velho Continente, a companhia multiplicou seu faturamento por dez desde 2008, chegando a € 830 milhões em 2013. Parte do sucesso é atribuída à estratégia de não seguir a cartilha dos desfiles de Milão e Paris, criando um estilo próprio e peculiar. “Temos um jeito único de fazer moda”, diz Horácio Broggi, presidente da empresa para a América Latina. "Não vendemos tendências, vendemos alegria em forma de roupa.” É dessa maneira alternativa que a Desigual pretende ser diferente no mercado fashion brasileiro.

A grife planeja abrir 60 lojas franqueadas em todo o País nos próximos três anos, seguindo os passos de outras gigantes do setor, com as americanas GAP e Forever 21, a britânica Topshop, além da sueca H&M. Com lojas próprias, a Desigual já tem espalhado suas cores por aqui. No ano passado, instalou-se no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. Um outro ponto de venda, no Barra Shopping, no Rio de Janeiro, tornou-se o mais rentável da grife no País graças à afinidade do consumidor carioca com o estilo colorido da marca. Inspirada pelo bom desempenho da loja, a companhia inaugurará outra unidade na Cidade Maravilhosa, em novembro. “A fase de testes já acabou”, diz Broggi. “Agora, vamos entrar com força no mercado brasileiro.”

Para suprir a demanda das 60 lojas previstas, a Desigual irá tropicalizar sua produção com fornecedores locais a partir de 2015. Por enquanto, tudo o que é vendido aqui é importado de fornecedores da Espanha e de países da América Latina. Parte do plano brasileiro da Desigual está ancorado na busca por investidores. Como a expansão se dará por meio de franquias, a rede dará preferência para parceiros que já possuam experiência no varejo. “Queremos pessoas com experiência, que administrem mais de uma franquia”, diz Broggi. Segundo Lyana Bittencourt, consultora especializada em franquias, a Desigual não deve ter muitas dificuldades para expandir suas operações por aqui, apesar da conjuntura mais desafiadora para estreantes.

“A decisão de procurar franqueados profissionalizados reduz riscos”, diz. “Além disso, a marca, colorida ao extremo, tem o gosto do brasileiro.” Nas passarelas, a Desigual e o Brasil já caminham juntos. Há quase cinco anos, duas modelos brasileiras, Adriana Lima e Alessandra Ambrósio, revezam-se nos desfiles da marca em Nova York e Madri. Inicialmente, a Desigual só venderá vestuário feminino no País. Na Europa, a marca tem assumido formato de lojas de departamento – comercializando desde roupas masculinas e infantis até produtos para o lar. Mas, como garante o presidente da empresa, a Desigual quer fazer diferente no Brasil.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20140919/desigual...

Por: Fabrício Bernardes

Exibições: 394

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço