Ações sustentáveis do setor algodoeiro são apresentadas em congresso que discute o mercado de carbono
As ações voltadas para as boas práticas socioambientais na cotonicultura brasileira foram apresentadas pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato, durante o Congresso Mercado Global de Carbono - Descarbonização & Investimentos Verdes, na quinta-feira (19), no Rio de Janeiro. O evento reuniu as principais lideranças empresariais, políticas e ambientais do Brasil e do mundo, na capital carioca.
Busato detalhou as estratégias da cotonicultura para impulsionar ações sustentáveis, com base nos pilares econômicos, sociais e ambientais, e de que maneira os produtores fomentam projetos e ativos ambientais na nova economia verde. Preservação da vegetação nativa, conservação da biodiversidade da fauna e flora, apoio a polinizadores e a preservação de recursos hídricos foram alguns pontos elencados por ele.
O presidente destacou a preservação da vegetação nativa dentro das propriedades rurais brasileiras que, de acordo com os dados da Embrapa Territorial, somam 219 milhões de hectares no País. Montante equivalente a 48% das unidades rurais e 26% do território nacional. A preservação nativa dentro das propriedades rurais é importante, entre outras coisas, para a conservação da biodiversidade da fauna e da flor, além da preservação de recursos hídricos. Busato ressalta que o sistema de produção implementado pelo produtor brasileiro, que busca adotar um comportamento de consciência em relação a questões sociais e ambientais, está retirando dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e colocando no solo, por meio da matéria orgânica. "Vamos mensurar, certificar e queremos poder entrar no mercado de comércio de carbono, gerando créditos dessa "sobra" e vender para aqueles que têm níveis elevados de emissão e desejam compensá-los. Os agricultores brasileiros têm esse ativo de preservação da vegetação nativa em cumprimento ao código ambiental do País. Estamos atentos e queremos avançar nessa oportunidade de investimento", disse.
Uso racional da água
No que diz respeito à conservação dos recursos hídricos, os produtores trabalham em análises regulares de qualidade e utilização da água, boas práticas de armazenamento e ações para minimizar erosão e enxurradas, além da outorga e conservação das nascentes.
Proteção do solo e ciclagem de nutrientes
Com foco também na parte biológica do solo, não só na química e física, a prática também prevê rotação de culturas agrícolas e cobertura da terra com palhada em cultura antecessora, além da agricultura de precisão. Os produtores de algodão estão atentos às ações sustentáveis nas suas lavouras, como a redução do consumo de combustível para aração do solo, rotação de cultura para o cultivo do algodão. Os resultados preliminares, no Oeste da Bahia, são bastante promissores: o estoque de carbono no solo até 0-40 cm, na média dos tratamentos sob SPD foi 28% superior ao obtido no PC, e 33% superior ao Cerrado nativo.
O setor algodoeiro do País foi um dos primeiros a se preocupar com a questão da sustentabilidade e o incentivo dos serviços ecossistêmicos, com o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) - Certificação para unidades produtivas de algodão, cujo protocolo de 183 itens atende: 100% da legislação nacional trabalhista; Normas da Organização Internacional do Trabalho; Legislação ambiental e Código Florestal. Boas práticas agrícolas.
Além do programa Algodão Brasileiro Responsável para Unidades de Beneficiamento de Algodão (ABR-UBA) - Certificação brasileira para algodoeiras, cujo protocolo de 170 itens atende: 100% da legislação nacional trabalhista; Prevenção de acidentes de trabalho e de incêndios; Legislação ambiental para indústrias e uso racional de energia e boas práticas de beneficiamento.
Além de Busato, participaram do painel Agricultura e Serviços Ambientais: Carlos Motta (VP Negócios de Varejo BB), como moderador; o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, Ricardo Faria (Insolo Agroindustrial); Ricardo Arioli (Agropecuária Novocampo) e a presidente da Microsoft Brasil, Tânia Cosentino.
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