Qual a importancia do vestuário na nossa pratica desportiva e que influencia pode ter nos nossos resultados?
O desporto é composto por diversos fatores, que se utilizados da maneira correta resultam em ótimas provas e treinos.
Mas já alguma vez pensámos que a roupa pode ser um desses fatores importantes?
A pele sendo o maior órgão do corpo humano é responsável por 90% da troca térmica do corpo e por 85% da evaporação do suor. Por isso não adianta treinar de baixo de sol com uma camisola de algodão. O corpo irá eliminar o suor e o algodão irá rete-lo (sendo este uma fibra natural, retém 8% do suor), o que causa aquela sensação de natural desconforto do “molhado”.
Para atenuar este tipo de problemas, a indústria têxtil desenvolve a cada dia os famosos tecidos ditos tecnológicos, em está na maneira como esse produto é construído, ou melhor, no fio usado e na forma como é feita a “trama”.
Existem três fatores básicos a ter em conta na hora da elaboração de um tecido: isolamento térmico e troca de ar, absorção e transporte de humidade e sensação de conforto na pele. No nosso mercado de roupas desportivas, encontramos as ditas, camisolas tecnológicas feitas de tecidos sintéticos, como o poliéster e a poliamida, que vão ao encontro dos três fatores básicos apresentados.
Mas a poliamida é melhor que o poliéster. O fio de poliamida tem a capacidade de absorver o suor em 4%, enquanto o poliéster não chega em 1%. E se a camisola de poliamida for feita com uma trama mais aberta, o tecido irá “puxar” o suor do seu corpo e através dos buracos da trama irá elimina-lo mais facilmente. Isso significa que o atleta não ficará encharcado durante a corrida.
Não esquecendo também que submetendo ambas as fibras á tecnica da sublimação (para impressões de cores e /ou marcas personalizadas), a poliamida reage melhor devido ao elevado grau de tempertura a que é submetida. Resultando daqui que em relação ao poliéster apresenta um custo mais elevado, sendo uma desvantagem.
Mas como identificar um fio de poliamida ou poliéster? A única maneira de ver é através da etiqueta, pois todas as confecções são obrigadas a discriminar a composição do tecido.
Normalmente as camisolas tecnológicas, como o Dry Fit da Nike ou a equiparada Climacool da Adidas possuem uma pequena percentagem de mistura de elastano.
O grande desafio da indústria têxtil é fazer com que o seu corpo atinja o microclima ideal através do vestuário. O microclima é a temperatura que fica entre a pele e a roupa que deve ser sempre 32ºC.
Assim as roupas de calor devem ser feitas para amenizar a temperatura do corpo. Já as de frio devem aumentar o microclima. No frio o atleta deve usar uma roupa corta-vento, pois se correr-mos numa temperatura muito baixa com roupas inadequadas, corremos o risco de ter uma hipotermia. O nosso corpo irá produzir muito calor e o mesmo será perdido rapidamente, por isso dependendo da intensidade do frio, o atleta precisará de mais do que uma peça de roupa, formando o efeito “casca de cebola”. “Quanto mais intenso o frio, mais camadas de ar serão formadas entre as roupas. À medida que formos aquecendo podemos ir eliminando as peças.
Já no calor a preocupação do atleta será em liberar mais rápido o suor e manter a temperatura do corpo mais baixa. Por isso a roupa deve ser leve e usar a estrutura de malha, que tem mais porosidade. Nunca esquecendo que a camisola de poliamida tem um toque mais agradável, além de ser macia, absorvente e leve.
Também no calor é comum treinar com sol. Conseqüentemente, o atleta correrá risco de se queimar e a longo prazo poderá até desenvolver um cancro de pele. Para evitar esse inconveniente, muitos tecidos têm proteção UV. Com a proteção, o raio solar bate na roupa e volta. Isso não irá fazer muita diferença se usado numa única prova. Mas para aquele atleta que treina todos os dias irá sentir diferença, pois está-se a prevenir.
Antes de treinar deve-se observar bem as condições do tempo para então definir o tipo de roupa que se irá usar.
Bons treinos, boas corridas e não esquecer que o equipamento utilizado, dependendo sempre de cada um e das condições climatéricas existentes, é realmente muito importante.
Cristina Caldeira
http://www.aminhacorrida.com/a-importancia-do-vestuario-na-corrida/
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