Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A indústria de moda no Brasil está no caminho certo; o problema é o ônus fiscal

Mesmo contando com competência, amplo parque industrial, criatividade empresarial, pessoas dispostas a trabalhar e recursos energéticos, o setor de vestuário no Brasil teve, em 2012, um déficit de 5,3 bilhões de dólares na balança comercial. A afirmação é do consultor Fritz Herbold, do Instituto Hohenstein (Alemanha) e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), que proferiu palestra no Workshop Internacional SENAI Têxtil, Vestuário e Design, que a FIESC promoveu em Blumenau, nesta segunda-feira (14). Para o especialista, "a indústria de moda do país está no caminho certo, o problema é o ônus fiscal".

Herbold observa que por ser uma cadeia produtiva longa, que vai do polímero do fio à roupa, o setor tem um custo tributário mais elevado. "Em todas as etapas incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Existe a possibilidade do crédito tributário, mas ele raramente se efetiva", salienta. Por isso, o consultor estima que de 40% a 50% das roupas vendidas nas lojas do país vêm de outros países. "Ter mais produtos importados não é o problema, desde que a indústria tenha competitividade internacional", diz. "A Alemanha é especializada em produzir e exportar confecções especiais, técnicas. Por isso, não há problemas se o restante das roupas vem de fora".

Graduado em Krefeld, na Alemanha, Herbold representa no Brasil o instituto Hohenstein, especializado em qualidade, certificação e homologação na área têxtil. Segundo o especialista, "o conforto da moda não acontece por acaso e é resultado de um cuidadoso desenvolvimento de produto". Ele destacou que o vestuário deve contribuir para reduzir as sensações extremas de temperatura, pois o estresse de frio ou calor reduz a performance das pessoas. Neste sentido, citou aventais para salas de cirurgia que não sujam com sangue e eliminam o suor do cirurgião. O consultor também sugeriu atenção a novos nichos de mercado, como o de pessoas idosas. "É um público muito grande na Europa e que está se fortalecendo também no Brasil".

Na palestra sobre design têxtil e de moda como caminho estratégico para a inovação, o pesquisador italiano Giovanni Maria Conti, do Instituto Poli.Design, de Milão, observou que o design é um processo de inovação, pois cria nova experiência do consumidor com o produto". Já o diretor da Dudalina Fábio Voelz destacou os programas de gestão de pessoas que incentivam os colaboradores à inovação.

Instituto

O diretor regional do SENAI de Santa Catarina, Sérgio Roberto Arruda, salientou que o workshop integra o esforço de implantação, em Blumenau, do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil, Vestuário e Design, dentro de um programa que contempla, em todo o país, mais de 60 institutos de tecnologia e 24 de inovação. "Esses institutos vão mudar o perfil do SENAI, por força dos desafios que temos pela frente para ampliar a competitividade da indústria do país e do Estado", afirmou.

O vice-presidente da FIESC para o Vale do Itajaí, Jorge Luís Strehl lembrou que a entidade lançou o Movimento A Indústria pela Educação, como forma de estimular o desenvolvimento das pessoas e sua contribuição à competitividade da indústria.
Ivonei Fazzioni
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