Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Para muitos a Moda é lançar tendências que inspirem as pessoas seja na área têxtil, de utilitários, do couro na produção de sapatos e bolsas, nos acessórios, entre outros. Para outros, a Moda é: o conjunto de opiniões, gostos, assim como modos de agir, viver, sentir e se expressar. É mostrar a identidade de cada indivíduo através da forma como ele age, se comporta e uma fonte de expiração para muitos.

Estima-se que a Moda deu-se início desde a época que os serem humanos passaram a colorir peles para se protegerem do frio e posteriormente no período bizantino onde aparecem os primeiros tecidos dentre eles a seda na Ásia, tingida em diversas tonalidades e os bordados clássicos Indianos, Chineses e Árabes.

Com o passar do tempo e com o desenvolvimento do trabalho artesão, a Moda passou a fazer parte das pessoas na produção de vestes personalizadas para a nobreza que era visto como símbolo de poder na época. As vestes coloridas e bem trabalhadas de acordo com a cultura de cada país chamava atenção pelas ruas e enxia os olhos de brilho tanto de damas e cavalheiros junto com as jóias e acessórios que davam um complemento.

Com o passar dos anos as vestes foram se transformando de acordo com cada época, os trajes se tornaram mais leves, surgiram saias, vestidos, casacos, conjuntos de tiê, posteriormente as calças até chegar à modernidade que é hoje.

Foram várias transformações e tudo que vai volta com um estilo modernizado trazendo, assim, grande variedade de produtos.

Acompanhar as tendências da indústria fashion faz parte já do cotidiano de muitos curiosos de plantão atualmente.

Mas como é possível a moda hoje estar tão presente na vida das pessoas além do que é mostrado nos desfiles, nos canais de TV e nas lojas?

 

Bom, a partir dos anos 2.000 a internet tomou um rumo diferente da década de 90 e abriu portas para muitos usuários.

As redes deixaram de serem discadas nos computadores o que dificultava o acesso as informações e a internet passou a ser comercializada de forma mais aberta a todos.

Passamos realmente por uma grande revolução no setor de tecnologia, isso não aconteceu somente para os computadores, mas também para os celulares que deixaram de serem básicos e passaram a serem chamados de smartphones com grande capacidade de armazenamento e acesso a diversos aplicativos.

Essa transformação toda influenciou vários setores e impactou muito a indústria da moda no sentido em que abriu portas no mercado de trabalho para novas áreas dentro desse setor como: Gestão de Marcas, Gestão de Marketing Digital, Gestão de TI com foco em produção de aplicativos, Gestão da Comunicação, Gestão de Eventos e muito mais. Apareceram novas ferramentas de trabalho como: SEO, Google Anlystics, CRM, Inbound Marketing, Gestão de Conteúdo, etc.

Essas ferramentas podem atuar em conjunto para melhorar o acesso às informações na internet via digital para: blogs, websites, redes sociais, canais online, vídeos e podcasts.

Atualmente pode-se ter acesso a tudo isso com um click em nossos computadores e smartphones.

A Moda está passando ainda por essa transformação com a necessidade de adaptar-se ao meio digital e saber trabalhar suas marcas e produtos de forma coerente.

Porém, tudo tem seu lado positivo e negativo. Vamos começar pelo positivo: você pode publicar uma coleção de estilista completa seja com fotos no Instagram e Facebook ou, por exemplo, através de um vídeo completo do desfile feito na Fashion Week e muitas pessoas vão ter acesso a este conteúdo e terem a liberdade de expressão de opinarem, mostrarem ou não interesse pela marca ou ainda com um click entrarem na página divulgada e comprarem todos os looks.

O Meio digital é uma boa forma de divulgar os produtos através de um bom trabalho com gestão de conteúdo, feito com as postagens nas redes sociais referentes: a forma como a marca se expressa com seus seguidores, fornecer um bom atendimento nas redes sociais para esclarecer dúvidas, realizar posts diários de mixagem de peças, divulgação de newsletters sobre lançamentos, ações sociais, promoções e muito mais.

É possível criar e propagar muita informação nas redes sociais com essas ferramentas mencionadas. Porém por outro lado as marcas ficam muito expostas e se essas ações não forem trabalhadas com muito cuidado, tudo que foi feito pode cair água abaixo. Por estarem muito expostas. as marcas podem ser alvos de críticas sociais diversas, outro ponto é que a internet é um livro aberto – tudo que é publicado é visualizado por muitas pessoas ao mesmo tempo, de certa forma um conteúdo pode viralizar muito rápido após ser divulgado.

Um bom exemplo disso foi o que aconteceu com a marca Reserva de vestuário masculino. Essa marca carioca achou que colocar os manequins negros de ponta cabeça nas vitrines de suas lojas para anunciar a época de “sales” seria uma boa estratégia. Mas não deu muito certo. Após a Reserva divulgar as fotos das vitrines em sua página do Facebook e Instagram, muitos usuários se manifestaram de forma negativa, informando que a ação foi de mau gosto e preconceituosa. Então a marca se defendeu e disse que não havia intensão de mostrar isso e teve que se justificar publicamente sobre o assunto.

Às vezes pensamos que é uma boa ideia nos arriscarmos mais, produzir algo diferente para atrair o público com nossos produtos e comportamento, mas realizando de forma errônea a ação pode não agradar boa parte do público.

Por isso, hoje em dia tudo que se faz no meio digital deve ser feito com uma atenção devida. Utilizado o meio digital de forma sábia pode agregar muito. O importante é nunca esquecer que toda marca tem sua identidade e essência, por mais que ela não respire com livre espontânea vontade como nós, seres humanos, mas somos nós que damos vida a ela.

Os blogs também são grandes influenciadores no meio digital quando se fala em acompanhar tendências desse setor.

Com as redes sociais surgiram as blogueiras, pessoas que postam sua rotina em uma espécie de diário online. Existem blogueiras e blogueiros de diversas categorias como o fashion, food, desing e arquitetura, triper (viajante) e entre outros.

Essas pessoas impactam e muito a vida de nós seres humanos. Elas chegam a ter milhares de seguidores que interagem com elas, se identificam com os looks, vão atrás das peças e compram. São grandes influenciadores no comportamento de consumo da Moda.

As celebridades que exibem peças de grandes estilistas em novelas, programas de TV e eventos sociais passaram a influenciar menos as pessoas desde 2004 com o surgimento das primeiras blogueiras.

Fique claro que existem blogs tanto para o âmbito feminino que é a maioria no caso e no masculino que vem crescendo cada vez mais e conquistando o seu espaço na internet.

O e-commerce, venda de produtos online na web é uma forma que ganhou o seu espaço com as lojas online com a utilização de provadores virtuais.

As pessoas estão sempre na correria sem tempo para nada e o e-commerce surge com a proposta de entregar produtos na comodidade da sua casa via correios ou transportadores.

A Dafiti, e-commerce online que vende: roupas, sapatos e acessórios para mulheres e homens com diversas marcas nacionais e algumas importadas vieram com essa proposta, se consolidou nesse mercado conquistando uma grande parcela do seu público. O diferencial é a rapidez na entrega e a possibilidade de ser com hora marca, fora o atendimento prestado via chat online.

Cada e-commerce tem a sua essência, existem alguns como o Magic Box, onde mulheres trocam produtos online através de uma caixa. A pessoa pode usar o vestido uma vez em um evento e passar a caixa adiante para outra colega usar, com um custo baixo e tudo isso feito pelos correios. Foi um projeto bem interessante e se consolidou com muita força nos EUA. Garante a forma das mulheres evitarem repetirem roupas nos eventos.

A moda faz parte do comportamento de consumo de cada individuo,abre portas para a cultura e o design também, conseguindo gerar novas tendências e satisfazer seus fiéis seguidores, deixando com aquele gostinho de quero mais.

A Casa Cor é uma mostra de arquitetura, arte e decoração que acontece todo ano entre Maio e Julho geralmente.

Essa mostra acontece praticamente no Brasil inteiro e em São Paulo alguns estilistas de moda já entraram nesse setor.

Martha Medeiros estilista brasileira consagrada pela alta costura em vestidos de festas participou da mostra de 2016, foi possível ver peças clássicas da estilista expostas nos ambientes criados pelos arquitetos da Casa Cor tornando-os bem realistas, como se alguém realmente vivesse ali.

Esse co-branding deixa bem claro como a moda vai além da confecção de roupas, ela faz parte do nosso cotidiano e abraça outras categorias que envolvam design, arquitetura e a arte.

Essa indústria da moda trabalha com todos os cinco sentidos humanos: visão, audição, paladar, tato e olfato.

Visão: o primeiro impacto que se tem quando se visualiza uma peça ou a coleção do estilista por completo e/ou por um clip.

Audição: pela música atrelada à identidade da marca, quando entramos em uma loja, ou visualizamos um clip que possua algo marcante.

Paladar: esse sentido é muito trabalhado em eventos da marca ou em coquetéis de lançamento utilizando comidas e bebidas.

Tato: pelo toque dos tecidos, texturas e bordados.

Olfato: se a marca possui uma essência própria que a identifique de longe. As marcas Loungerie e Le Lis Blanc, por exemplo, trabalham muito com este sentido através do uso de um perfume feito exclusivo e a segunda inclusive o vende como essência para ambiente.

Essa estratégia é conhecida como Brand Sensorial, uma tática que traz vida as marcas.

Existem muitas formas de trabalhar com as marcas, independente do setor que atue, o importante é só saber aplicar a melhor ideia para o seu negócio e a torna-la rentável.

Em momentos de crise o marketing digital ganha mais espaço com a expectativa do corte de gastos com publicidade em TV e mídia impressa.

O digital por um lado alcança uma massa maior, é possível cortar os gastos, investir em e-mail marketing e newsletters para “prospects” e clientes convencionais, é bem maleável, mas ao mesmo tempo catastrófico se não comunicado da maneira correta.


Untitled-2

Priscila Carvalho Ferrari

Formada em Administração de Empresas pela Universidade Anhembi Morumbi e com a pós-graduação em Gestão de Marcas e Branding pela Business School São Paulo. Apaixonada pela área de marketing e branding. Trabalha desde 2008 com marcas e atualmente está em uma agência de licenciamento de marcas. Gosta de viajar, comer em diferentes lugares e aprender novos idiomas. Ela acredita que inovação e criatividade caminham juntas no meio corporativo.

Referências:

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/215633/Marca-de-Luciano-Huck...

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_moda

http://www.significados.com.br/moda/

http://modahistorica.blogspot.com.br/

http://historia-da-moda.info/

http://www.ibevar.org.br/#!Estrat%C3%A9gia-pelo-meio-digital-aquece-o-jogo-competitivo-no-mercado-de-moda-feminina/c959/572baa150cf2803377ca6267

http://revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/1982615×08162015116/464

http://www.infobranding.com.br/meiodigital-e-a-moda/

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 353

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço