No que diz respeito ao desenvolvimento sustentável e aos desafios dos critérios ESG, são considerados “como prioridades aos mais altos níveis de decisão da empresa”. Mesmo que 74% dos inquiridos acreditem que os regulamentos relativos às práticas éticas terão um impacto “médio” (vs “forte” e “fraco”) nos seus métodos de fornecimento e condições de trabalho. Quase 65% deles acreditam “que as restrições ao acesso a determinadas matérias-primas, como couros e peles exóticas, a determinadas práticas extrativas ou mesmo a determinados tipos de consumo (álcool, por exemplo) também terão um impacto “médio” na sua oferta e política de preços.
A importância da sustentabilidade em todo o ecossistema da moda é vista principalmente através do produto. “O desenvolvimento sustentável está entre as três principais prioridades citadas para o setor, logo atrás do carácter único dos produtos e à frente da responsabilidade social”, relata o estudo, sublinhando que para 41% dos inquiridos “os produtos artesanais de qualidade e carácter continuam a ser uma prioridade.
A indústria do luxo entra numa nova era
“Este estudo mostra que as indústrias do luxo estão a entrar numa nova era, marcada por uma maior atenção a temas ligados ao ambiente e à biodiversidade, bem como por novas perspectivas em termos de experiência e envolvimento do cliente, abertas graças às novas tecnologias e, em particular, à IA generativa", resume Guillaume des Rotours, responsável pelo setor de luxo da KPMG em França, num comunicado de imprensa.
Os autores do estudo acreditam que é essencial ajudar os pequenos intervenientes a financiar a transição, nomeadamente no que diz respeito à redução da pegada de carbono e à preservação da biodiversidade. Da mesma forma, no que diz respeito a todo o ciclo de vida do produto, “as inovações implementadas pelos players de luxo para atingir os seus objetivos de desenvolvimento sustentável impactam todas as fases da cadeia de valor, desde o fornecimento de matérias-primas até ao fim da vida do produto”, observam.
Para melhor apoiar esta transição, a gestão de talentos continua a ser crucial. Por um lado, temos de conseguir identificar e atrair os perfis certos com as competências adequadas, seja em termos de tecnologia ou de desenvolvimento sustentável. Por outro lado, as empresas devem saber “apoiar o desenvolvimento das competências dos colaboradores em temas emergentes e, ao mesmo tempo, agir no sentido de preservar e transmitir o seu savoir-faire”. Para 41% dos profissionais inquiridos, investir em programas de formação contínua é, portanto, uma prioridade.
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