Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A startup Evrnu promete reciclar roupas velhas em peças novas e mais resistentes

Atualmente a reciclagem de roupas de algodão não é eficaz, mas a startup Evrnu acredita que tem uma solução melhor. Nossa necessidade incessante de roupas novas alimentada frequentemente pelas tendências de moda e pela indústria do fast fashion cria toneladas de roupas velhas. Os americanos jogam fora 13,1 milhões de toneladas de tecidos por ano, dos quais 11 milhões de toneladas acaba em aterros sanitários, segundo o site da USagain.

Mas a startup americana Evrnu oferece uma alternativa:  purificar os resíduos das roupas de algodão com solvente, depois convertê-los em polpa de celulose que através de um processo de extrusão cria uma nova fibra para tecidos premium. Essa nova fibra reciclada é mais fina do que a seda e mais forte do que o algodão.

A startup Evrnu promete reciclar roupas velhas em peças novas e mais resistentes stylo urbano-1

Vários grandes marcas, como H & M, Eileen Fisher (que até 2020 quer ser 100% sustentável) e Levi, estão recolhendo roupas usadas em suas lojas, mas a co-fundadora da Evrnu, Stacy Flynn, diz que essas empresas não tem necessariamente um segundo uso para essas peças. “As peças estão se acumulando e eles realmente não sabem o que fazer com elas. Temos outra utilidades para essas roupa como trapos, isolamento, tapetes, esses tipos de coisas. Mas a regeneração total dos tecidos ainda não foi comercializada.”

Neste momento, há poucas coisas que se pode fazer com as roupas descartadas, mas essa tecnologia de reciclagem oferece uma maneira para que as marcas mantenham esses recursos em sua cadeia de fornecimento.

O processo

Primeiro, a Evrnu retira os corantes e outros contaminantes dos resíduos das roupas feitas de 100% algodão. Em seguida, a polpa do algodão é quebrada para que suas moléculas se tornem fibra de celulose. Estas fibras são então recombinadas e através da extrusão cria-se uma nova fibra pura e suave, que pode ser utilizada na fabricação de novas camisetas ou jeans. Esse é uma ótima forma de reciclagem pois se o tecido velho pode ser reprocessado continuamente, o ciclo de vida útil se fecha, tornado as roupas velhas em recurso valioso para as empresas.

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A Evrnu aproveita metodologias como “fast fashion” para reduzir os danos consideráveis ​​causados ​​pela indústria têxtil e de confecção através da reciclagem contínua de têxteis e vestuário de resíduos. Stacy Flynn iniciou a empresa em 2011 com Christopher Stanev, um químico têxtil e engenheiro. Sendo um veterano da indústria de roupas por 16 anos, Stacy Flynn ficou preocupada com o impacto de tanto tecido que está sendo produzido e, em seguida, jogado fora. Em uma viagem especial para a China, ela ficou chocada com o nível de poluição causada pela indústria da moda, e ficou convencida da necessidade de “criar uma forma de quebrar os resíduos e colocá-los de volta para serem utilizados como matéria prima no sistema.”

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Desde 2011, Stacy Flynn diz que houve uma mudança na forma como a indústria pensa sobre reciclagem. A H & M e outras empresas por exemplo, oferecem roupas feitas de materiais reciclados mas ela diz que quebrar e limpar o lixo para fazer um novo fio oferece possibilidades muito mais amplas.

O tecido fabricado pela Evrnu tem a textura de seda e é mais forte do que o algodão, afirma Stacy Flynn. Ele custa a mesma coisa que o algodão orgânico, por isso, pode ser usado em produtos premium para começar. A atual reciclagem de fibras de algodão só consegue criar novas roupas com 20% de fibras recicladas misturadas com 80% de fibras virgens, mas o ideal seria obter roupas feitas com fibras naturais recicladas 100%. Por isso a importância da tecnologia desenvolvida pela Evrnu.

Evrnu está planejando uma fábrica e espera estar em produção até o final de 2016, e a intenção de Stacy é fazer a reciclagem das fibras localmente onde os resíduos estão acumulados, descartando a necessidade de transportar os retalhos dos tecidos para outros lugares. E é isso que a empresa pretende fazer em janeiro de 2016 como piloto de produção.

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