Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O artigo deste mês propõe uma reflexão profunda que adquiri na minha carreira como consultora de imagem. Afinal, quando falamos em elegância, a moda vai além das tendências momentâneas e reflete a forma como nos expressamos e nos relacionamos com o mundo.

Desde o início, meu interesse em trabalhar como consultora de imagem foi motivado pela necessidade de ser disruptiva e fomentar uma moda mais democrática.  

Ficava inquieta ao perceber que, mesmo em 2020, o mercado ditava o que era necessário para ser considerado elegante. Impunha regras sobre como deveríamos nos vestir para sermos vistos como bem-vestidos. Não há problema em buscar orientação para resolver questões de imagem (inclusive esse é meu trabalho – risos), mas, me incomodava essas considerações serem apresentadas apenas a partir de um único ponto de vista.  

Por conta disso, é crucial questionarmos esses padrões e entender o impacto que eles têm em nosso desenvolvimento pessoal, na nossa autoimagem e no modo como consumimos moda. 

O que é elegância na relação padrão x individualidade?  

Com esses anos de experiência, percebo o quanto somos induzidos a acreditar que devemos ter roupas específicas para estar na moda, que devemos seguir essa regra para sermos estilosos. Mas, será que essas orientações nos tornarão verdadeiramente elegantes e bem-vestidos? E onde fica nossa essência, identidade e conforto pessoal nessa equação?  

Essas imposições acabam nos levando a um consumo desenfreado de moda, afastando-nos de uma abordagem consciente e responsável. Além disso, perdemos a propriedade de nossa identidade e imagem. E isso é um perigo para a nossa autopercepção!  

É fundamental compreender que a elegância não está vinculada a um único padrão, mas sim, a um encontro profundo com nós mesmos.  

Envolve reconhecer nossas preferências, construção cultural, valores e comprometimento com o mundo. Por que, então, deveríamos consumir marcas e tendências com as quais não nos identificamos? Esse comportamento nos aprisiona em um molde estereotipado, além de ser prejudicial ao meio ambiente, uma vez que está ligado diretamente ao consumo impulsivo.  

Portanto, é fundamental respeitar nossa liberdade de escolha para desafiar esses padrões restritivos. Devemos reconhecer a nós mesmos, nossos gostos individuais e a mensagem que desejamos transmitir ao mundo através das nossas roupas. Ao fazermos isso, rompemos com os problemas inerentes a essa ditadura do “padrão elegante” e nos vestimos com autenticidade, expressando nossa verdadeira essência.   

A moda se torna um reflexo de nossa individualidade, e não uma imposição externa. Afinal, a verdadeira elegância nasce quando abraçamos nossa singularidade e nos vestimos para nós mesmos. 

https://soudealgodao.com.br/blog/a-verdadeira-elegancia-como-expres...

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