Nos últimos tempos, a moda tem passado por uma reviravolta, com algumas tendências inesperadas ressurgindo com força. Entre elas, destaca-se o retorno dos jeans skinny, que, junto a um crescente culto à magreza, tem gerado debates sobre os padrões estéticos e a relação entre o corpo e o consumo. Esse fenômeno não é apenas uma simples mudança de estilo, mas reflete transformações culturais e sociais, especialmente no contexto de um mercado de luxo que atravessa dificuldades e de uma crescente pressão para manter uma silhueta magra.
A busca pela magreza nunca foi totalmente superada, mas, nos últimos anos, ganhou novo impulso. Medicamentos como o Ozempic, usados para emagrecimento e propagados por influencers e celebridades nacionais e internacionais, estão se tornando mais acessíveis com a queda das patentes, ampliando o acesso à promessa de uma perda de peso rápida e eficaz. Isso reacende a obsessão por corpos magros, ao mesmo tempo que desafia a onda de positividade corporal que vinha ganhando força nas últimas décadas. Essa renovada obsessão pela magreza se reflete não apenas nas vitrines das grandes marcas, mas também nas silhuetas que dominam as passarelas e as ruas.
O impacto da crise no mercado de luxo também não pode ser ignorado. As grandes grifes, em busca de um reposicionamento, passaram a valorizar a simplicidade e o bem-estar, elementos que, de certa forma, também remetem à silhueta mais magra, com roupas que destacam o corpo de forma mais ajustada. O jeans skinny, peça essencial de uma era estética que exaltava corpos magros e curvilíneos e que nunca saiu do gosto das brasileiras independente da numeração, voltou agora com força no mercado internacional, desafiando os consumidores a repensarem suas escolhas e a se questionarem se vale a pena retornar a um estilo que parecia ter sido deixado para trás.
Para muitos, a ideia de usar jeans skinny novamente é um retorno controverso. Durante anos, a moda se afastou dessa silhueta apertada, abraçando modelos mais soltos e confortáveis, como os jeans mom, wide-leg e bootcut. Esses estilos, ao mesmo tempo que promovem conforto, também deram um sopro de liberdade aos consumidores, que pareciam finalmente se livrar das limitações impostas pelas calças justas. No entanto, com o retorno dos skinny jeans, surge a dúvida: será que estamos prontos para aceitá-los novamente?
Essa transição não foi abrupta. O processo de adaptação da moda para peças mais largas levou anos de mudanças culturais e sociais. As calças folgadas simbolizavam uma ruptura com os padrões rígidos de beleza e com a pressão por corpos magros. Agora, com o ressurgimento dos skinny jeans, muitas pessoas se veem em uma posição desconfortável, questionando se devem ou não voltar a aderir a esse estilo, que está tão intimamente ligado ao culto à magreza.
A volta dos skinny jeans, associada à popularização de medicamentos para emagrecer, lança um olhar crítico sobre os padrões estéticos atuais. Em um momento em que a diversidade corporal está sendo mais valorizada, como a moda pode equilibrar a inclusão e o retorno a um padrão de beleza que privilegia a magreza? A tendência não é apenas sobre o jeans, mas sobre como a moda e a sociedade continuam a modelar nossas ideias sobre o corpo e as expectativas que temos de nós mesmos. O debate sobre os skinny jeans é, portanto, um reflexo de uma cultura que, apesar dos avanços, ainda parece lutar contra os estigmas que cercam a aparência física.
O que você pensa sobre o retorno do jeans skinny? Sua marca pretende incorporar essa tendência nas coleções de 2025?
Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação
Por: Equipe Guia JeansWear
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