Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

ABIT traz projeções positivas para os setores têxtil e de confeção

Apesar do ano de 2022 ter sido um período difícil, com números negativos, o varejo de vestuário deverá fechar no positivo, com projeção de um aumento de 4% e crescimento do emprego – o setor gerou 7,6 mil postos de trabalho com um crescimento de 3 mil na área têxtil e 22,4 mil na confecção, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pela ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). A produção têxtil ficou em menos 12,7% e a de vestuário, menos 7,4%.

Nas exportações, o acumulado dos últimos 12 meses registra crescimento de 1,8% em volume.

“Temos uma cadeia integrada que pode ser expandida e isso é uma condição vantajosa para atuar de maneira mais assertiva lá fora e competir também com os produtos importados”, afirma Fernando Pimentel, presidente da ABIT.

Pimentel apresentou no último dia 13 de dezembro, os principais indicadores e as perspectivas da indústria têxtil e de confecção, que seguiu fortemente pressionada, em 2022, pela majoração nos preços dos insumos. Entre janeiro e outubro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou incrementos de 8,3% para as indústrias têxteis e 14,8% para as confecções. No acumulado de 12 meses (de outubro de 2021 a outubro de 2022), a inflação para os produtores dos dois segmentos foi de, respectivamente, 12,6% e 16,2%.

Em relação ao já conhecido Mapa de Calor, em dezembro de 2021, 81% dos entrevistados revelaram avaliação positiva do setor, já neste mês somente 31% das respostas foram positivas. “A queda é muito pronunciada e isso reflete a queda do varejo que também afeta a indústria”, comenta Fernando.

Segundo Pimentel, dentre os fatores que contribuíram para essa desaceleração, estão: taxa de juros em elevação, endividamento do consumidor, questões eleitorais, Copa do Mundo fora de época e a influência do clima, que não vem sendo favorável para a comercialização das coleções de primavera-verão já nas lojas físicas e virtuais. “A despeito desse cenário, o varejo deverá fechar o ano em campo positivo, em grande medida porque a base de comparação de 2021 foi prejudicada, principalmente no primeiro semestre, pelos novos lockdowns derivados da pandemia de Covid-19”, ressaltou. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que as vendas natalinas atingirão R＄ 65 bilhões em 2022. A parcela de vestuário, calçados e acessórios deverá girar em torno dos R＄ 22 bilhões.

Expectativas para 2023

Segundo o FMI, mais de um terço da economia global apresentará queda neste ou no próximo ano, com uma desaceleração da economia. Apesar disso, há projeções positivas dentro do setor têxtil e de confecção no Brasil, com aumento de 0,9 na produção, 1,1% nas vendas internas, 4,5% em relação à importação, 0,3% exportação e geração de mais de 1.500 empregos formais.

Visão de Futuro para 2030

“Ser uma cadeia de valor verticalizada e integrada tecnologicamente, tanto internamente quanto com outras cadeias produtivas setoriais, posicionando-se estrategicamente na Cadeia de Valor Global por ser sustentável com trabalho decente, inovadora,ágil, versátil, intensiva em conhecimento e design, capaz de ampliar, progressivamente, a relevância econômica e social de suas atividades e, assim, atrair e reter talentos”.

Fonte: Vanessa de Castro | Foto: Divulgação.

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