Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Abrapa propõe uso de algodão sustentável às indústrias catarinenses

Cremer, Fiação São Bento, Bremer, Buddemeyer, Karsten, Circulo, Renaux View, Fiação Águas Negras, Incofios e Altenburg Têxtil foram algumas das empresas catarinenses que participaram da reunião promovida pela Abrapa, com o apoio da ABIT – Associação Brasileira das Indústrias Têxteis, na sede do Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau, na terça-feira passada (28/07). “O objetivo do encontro foi detalhar o programa de sustentabilidade da Abrapa”, disse Milton Garbugio, vice-presidente da entidade.

 
A reunião teve início com a apresentação de toda a metodologia e os critérios que permitem que uma fazenda produtora de algodão obtenha o certificado de conformidade, que tem como base os pilares sociais, ambientais e econômicos estabelecidos pelo programa ABR – Algodão Brasileiro Responsável. A obtenção desta certificação permite que, automaticamente, o algodão produzido nesta propriedade seja licenciado pelo BCI – Better Cotton Initiative.
 
A Abrapa e as suas associações estaduais trabalham no desenvolvimento dessa plataforma de sustentabilidade desde 2005 e hoje, pode-se considerar que a cadeia do algodão é a única com um projeto de certificação em plena execução e reconhecido internacionalmente. Na safra atual o Brasil possui 584.712 hectares de algodão certificado pelo ABR/BCI, com uma oferta de 907.795 toneladas de algodão certificado à disposição dos mercados mais exigentes do mundo. Esses números garantem que 60% da área cultivada e 60% da produção de pluma brasileira já estão certificadas. Esses números ainda podem aumentar, pois a colheita da safra ainda não terminou. O Brasil é, portanto, o maior fornecedor mundial de algodão certificado pelo Better Cotton.
 
Algodão certificado para o consumidor
 
A segunda etapa da reunião tratou exatamente da possibilidade de as indústrias brasileiras, a começar pelas da Região de Blumenau, começarem a produzir as suas peças com algodão ABR-BCI, passando a informar seus clientes que determinada peça de roupa ou artigo de cama, mesa e banho foi produzido com matéria-prima que possui um certificado de sustentabilidade social, ambiental e econômico.
 
“Os empresários gostaram muito da ideia e entenderam que isso poderá agregar valor”, disse Milton Garbugio, explicando, entretanto, que esta iniciativa não será imediata. “Já temos a certificação na lavoura, agora ela deve ser expandida para todos os elos da cadeia produtiva, até chegar às confecções e aos consumidores”.
 
Para Fernando Pimentel, diretor executivo da ABIT, a reunião “foi muito positiva e elucidativa, mostrando com clareza o programa que está sendo realizado”. De acordo com ele, a continuidade da proposta depende do desenvolvimento de um trabalho bem integrado. E outras reuniões, semelhantes à de Blumenau, poderão ser agendadas.
 
Fábio Dutra, representante do SENAI, também aprovou a reunião e disse que eles poderão auxiliar as indústrias a se prepararem. “É um trabalho de fôlego, que vai exigir muita persistência”.
 
A utilização de algodão sustentável é uma iniciativa que já ocorre em grandes redes de confecções mundiais, como Adidas, Nike, H&M, Levi Strauss & Co, Tesco, Ikea, KappAhl. Para a Abrapa, essa é uma tendência mundial, pois os consumidores cada vez mais demonstram preocupação com a forma com que as matérias-primas dos artigos que adquirem foram produzidas, se não contribuíram para a degradação do meio ambiente ou utilizaram exploração irregular do trabalho.
 
“Queremos que, a exemplo das grandes marcas mundiais de confecções, as indústrias brasileiras também se beneficiem da nossa produção sustentável e que o consumidor brasileiro tenha a oportunidade de decidir por produtos certificados e com garantias de sustentabilidade. Trata-se de um compromisso com a geração atual e uma garantia de que as gerações futuras poderão continuar se beneficiando da abundância de recursos naturais que o nosso Brasil possui”, disse vice-presidente da Abrapa. A reunião em Blumenau também contou com a presença do diretor-executivo da Ampa, Décio Tocantins, e do diretor executivo da Abrapa, Márcio Portocarrero.
 


  Reunião na sede do SINTEX
 
Foto: divulgação

Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Abrapa

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Algodao sustentável no agribusiness? So rindo muiiiiiiiiiiito, eu já ate imagino os cultivares sem fertilizante, sem pesticida, contrato com pequenos agricultores pagando pagando 3,50 dolares pelo quilo de pluma, alguém ai tem uma piada melhor?

É INCRIVEL QUE TEMOS PESSOAS COM IMENSO CONHECIMENTO DESPERDIÇADOS EM PEQUENAS PALAVRAS.

O POUCO QUE SE FALA OU SE COMUNICA, COM OS INTERESSES A PARTE, PODEM GERAR UMA GRANDE COMOÇÃO, QUANDO SE QUER DESPRESAR ALGUM INCENTIVO QUE SE NÃO O IDEAL, MAS É PALPAVEL, E, SE NÃO FOR DE SUA REGIÃO, PAU NELES. QUE SE DIGA O QUE FAZER ENTÃO E COLOQUE EM PAUTA. PROMETEMOS "TODOS" QUE LEVAREMOS SUAS IDEIAS "SUSTENTAVEIS", AOS PICAROS DA PATRIA AMADA.

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