Acostamento investe em nova fábrica

[Romildo de Paula Leite]

Localizado em Itajaí, o segundo parque fabril do Grupo Pasquini deverá consumir R$ 10 milhões, com prazo para entrar em operação no primeiro trimestre de 2019

Na contramão do arrocho enfrentado pelo mercado em geral, a Acostamento investe para dobrar de tamanho a partir de 2019. O plano inclui a instalação de um segundo parque fabril localizado em Itajaí (SC), em fase de montagem e contratação de mão de obra, com a previsão de entrar em operação a partir de fevereiro próximo, em projeto avaliado em R$ 10 milhões, desembolsados com recursos...próprios ao longo de doze meses. Com 25 anos de mercado, completados em 2018, o Grupo Pasquini, que controla a marca Acostamento, manterá a planta de São José do Rio Preto, no interior paulista, onde fica a sede e a origem da empresa.

O parque atual ocupa 12 mil metros quadrados e emprega 350 colaboradores diretos. A nova planta industrial foi construída em modelo built to suit, pelo qual o dono do empreendimento constrói o galpão de acordo com as necessidades do inquilino, ocupando área de 20 mil metros quadrados e será praticamente uma réplica da estrutura atual. Foi projetada para produzir o mesmo volume do parque atual, o mesmo mix de produtos, com linhas de estamparia, bordado, corte e acabamento, conta ao GBLjeans, Miriam Santana, diretora de operações do Grupo Pasquini. As etapas de costura e lavanderia continuarão terceirizadas também em Santa Catarina.



EXPANSÃO PLANEJADA
Em São José do Rio Preto, a empresa produz 200 mil peças por mês para as marcas Acostamento, de adulto, e Acostamento Kids. A nova fábrica começa a operação em um turno, com a expectativa de sustentar inicialmente aumento de 20%, com expansão gradativa para atingir a mesma capacidade da fábrica atual. Com forte participação no mercado de moda masculina, a Acostamento pretende ocupar a capacidade intensificando as vendas da linha feminina, iniciada há cinco anos, e estimular a Kids, lançada há dois anos.

Atualmente, as marcas trabalham com 32 escritórios de representação comercial, que atendem em torno de 2,1 mil multimarcas, além de operarem duas lojas próprias de varejo no interior de São Paulo - uma em Campinas e outra em São José do Rio Preto. Sem incluir acessórios, também comercializados, cada coleção movimenta cerca de 1,5 mil itens diferentes. E são quatro coleções por ano.

Segundo Miriam, o grupo vem avaliando um novo endereço de fábrica há cerca de dois anos. “As condições atuais em São José do Rio Preto não permitem a expansão planejada, nem em espaço nem em mão de obra especializada disponível”, explica a diretora. Por isso, a empresa começou a avaliar as oportunidades no polo têxtil catarinense, estudando Blumenau, Itajaí e Brusque. O galpão escolhido fica localizado no limite de Itajaí com Brusque. “Ali estão grandes fornecedores de matéria-prima, tecido e aviamentos”, observa a executiva, acrescentando que a alíquota de ICMS em Santa Catarina é menor que a de São Paulo.

De acordo com o secretário de desenvolvimento econômico de Itajaí, Giovani Testoni, a decisão do Grupo Pasquini de se instalar na cidade integra uma onda recente de empresas de diferentes áreas que têm sido atraídas para a região em função da infra-estrutura de logística. “Temos o terceiro maior porto do país e um dos mais eficientes, além de contar com outros seis portos privados. O aeroporto fica a pouco quilometros daqui. Isso atrai o interesse das empresas”, considera o secretário.

GESTÃO PROFISSIONALIZADA
Desde 2013, o Grupo Pasquini tem promovido muitas mudanças para uma gestão profissionalizada, como reestruturação da área comercial, implantação de ferramentas como CRM e BI (business intelligence), coaching profissional para os funcionários em cargo de chefia. “Mexemos em processos e produtos, para ter menos custo e menor lead time, medidas que aliadas a uma gestão conservadora do fluxo de caixa, deixaram a empresa preparada para dobrar de tamanho”, ressalta a diretora de operações.

Jussara Maturo -

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[Romildo de Paula Leite]

 “Temos o terceiro maior porto do país e um dos mais eficientes, além de contar com outros seis portos privados. O aeroporto fica a pouco quilometros daqui. Isso atrai o interesse das empresas”, considera o secretário.