Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Adidas diz que dispensar Kanye West pode custar mais de US$ 1 bilhão em vendas

Empresa não consegue vender roupas e sapatos da estilista Yeezy

Rapper Kanye WestRapper Kanye WestReuters/Randall Hill

O rompimento da Adidas com Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, é caro.

A empresa alertou na quinta-feira que espera perder US$ 1,3 bilhão (1,2 bilhão de euros) em receita este ano porque não consegue vender roupas e sapatos da estilista Yeezy.

A Adidas encerrou sua parceria de nove anos com o rapper em outubro passado por causa de seus comentários anti-semitas.

Em comunicado, a Adidas disse que sua orientação financeira para 2023 “considera o impacto adverso significativo de não vender o estoque existente”.

Se a empresa não puder “reaproveitar” nenhuma das roupas Ye restantes, a companhia falou que isso pode custar US$ 534 milhões (500 milhões de euros) em lucro operacional este ano.

A empresa disse logo após a dissolução da parceria que tentaria vender as roupas, sem o nome e a marca Yeezy. Também destacou que vender os tênis com sua própria marca economizaria cerca de US$ 300 milhões para a empresa em pagamentos de royalties e taxas de marketing.

Apesar dessa tentativa, a Adidas terá problemas para reaproveitar suas roupas, disse um analista à CNN.

“Realmente não há boas opções para essa marca desgastada que fica entre o prestígio e o luxo”, afirma Burt Flickinger, especialista em varejo e diretor-gerente da consultoria de varejo Strategic Resource Group.

Outras opções incluem destruí-lo ou doar roupas Yeezy não vendidas.

A Adidas disse que também espera “custos pontuais” de US$ 213 milhões (200 milhões de euros) por causa de uma “revisão estratégica” pela qual a empresa está passando.

“Os números falam por si. Atualmente, não estamos atuando da maneira que deveríamos”, falou o CEO da Adidas, Bjørn Gulden, em um comunicado. Ele foi nomeado o principal líder da empresa em janeiro e veio da rival Puma.

A Adidas disse no ano passado que encerrou sua parceria com Ye porque “não tolera anti-semitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio”, completando que seus comentários eram “inaceitáveis, odiosos e perigosos”. A Adidas disse que eles violaram os “valores de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça” da empresa.

No outono passado, a Adidas colocou a “parceria sob revisão” depois que Ye usou uma camiseta “White Lives Matter” em público.

A Liga Antidifamação classifica a frase como um “slogan de ódio” usado por grupos de supremacia branca, incluindo a Ku Klux Klan. Ele também disse “posso dizer merda anti-semita e a Adidas não pode me abandonar”, durante um discurso contra os judeus em um podcast.

A Adidas não mencionou possíveis problemas com sua marca Ivy Park, liderada por Beyoncé.

O Wall Street Journal informou esta semana que as vendas da marca de moda urbana caíram 50% no ano passado, para cerca de US$ 40 milhões – bem abaixo de suas projeções internas de US$ 250 milhões. A parceria é “forte e bem-sucedida”, disse a Adidas ao Journal em resposta.

As ações da Adidas caíram quase 10% nas negociações de Frankfurt e 45% no ano passado.

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