A fabricante de produtos esportivos Adidas, patrocinadora oficial da Copa do Mundo, suspendeu a venda de camisetas que associam Brasil ao sexo. Elas estavam sendo vendidas nos Estados Unidos por US$ 25 (R$ 59). Uma das estampas, em verde e amarelo, mostra uma mulher de biquíni com a frase "Looking to score" (algo como "esperando para marcar", um trocadilho sobre fazer gols e sair com garotas), e a outra, uma imagem que remete a nádegas em um biquíni.
"A Adidas sempre acompanha de perto a opinião de seus consumidores e parceiros, e por isso anuncia que os produtos em questão não mais serão comercializados pela marca", disse a empresa em nota. A Adidas não informou quantas unidades foram vendidas e nem quantas foram fabricadas.
Ontem, o Ministério do Turismo e a Secretaria de Políticas para as Mulheres divulgaram notas em que repudiam a associação de ícones nacionais e imagens com apelo sexual. Para a secretaria, o ato é um crime "contra toda a humanidade", pois coloca "as mulheres num estágio de barbárie, por meio da predação sexual" e o choque é maior "por se dirigir a um país que elegeu justamente uma mulher como sua autoridade máxima".
A Adidas é uma das principais patrocinadoras da Fifa. A reportagem do Valor questionou a empresa se a associar a Copa no Brasil a sexo pode inflar os ânimos de manifestantes nos protestos contra o evento, mas não obteve retorno. No sábado, um protesto contra a Copa em São Paulo terminou com 262 detidos, segundo a Polícia Militar. Outro protesto na cidade está marcado para 13 de março.
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