Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A subida dos preços do algodão no final de janeiro e o cancelamento de uma encomenda da China levou a uma diminuição das exportações desta matéria-prima, com as fiações a preferirem fibras sintéticas, num ano de abrandamento da economia mundial, onde a especulação está a intervir no mercado. 

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Algodão assusta fiações

As vendas de exportações de algodão diminuíram para menos de metade na última semana de janeiro, para o nível mais baixo desde o início de novembro, colocando os preços nos mínimos de uma semana e reforçando as preocupações das fiações, que têm reduzido o seu “apetite” pela fibra.

As exportações líquidas de algodão totalizaram 93.600 fardos para a semana até 31 de janeiro, menos 58% do que na média de quatro semanas e menos 29% do que na semana anterior, quando as exportações também caíram, segundo revelou o Departamento de Agricultura dos EUA.

As vendas foram «terríveis», indicou um corretor americano, surgindo no pico do ano comercial, numa altura em que a época da China encerra (no final de março) e antes do feriado do Ano Novo Lunar no país. Nos EUA, a época termina a 31 de junho.

As preocupações com o impacto do aumento de preços cresceu depois de 11 mil fardos terem sido cancelados pela China, a maior consumidora mundial, devido aos dados da semana anterior, quando os preços iniciais subiram para o máximo de sete meses, para 0,84 dólares (0,63 euros).

O ritmo e tamanho do cancelamento mostrou o quão rapidamente os compradores se podem afastar da fibra quando os preços ficam demasiado elevados.

Na semana até 31 de janeiro, os preços estiveram com uma média de 0,82 dólares por libra, bem acima da marca dos 0,80 dólares, um nível considerado crítico para o apetite das fiações por matérias-primas.

«Os EUA estão definitivamente a serem sufocados por estes níveis de preços mais altos», indicou Peter Egli, diretor de gestão de risco na Plexus Cotton Ltd, um negociante britânico de tamanho médio.

O consumo de fibras naturais já foi atingido pelo abrandamento da economia mundial e pela perda de quota de mercado para as fibras sintéticas de preços mais baixos, após as grandes variações nos preços nos últimos quatro anos terem agitado o mercado.

O contrato de algodão mais ativo em março no ICE Futures dos EUA desceu 0,32 cêntimos, ou 0,4%, para ficar nos 81,40 cêntimos no dia 7 de fevereiro, o terceiro dia em baixa da semana.

A diminuição da apetência por fibras surge numa altura fundamental para a indústria, que está a enfrentar um recorde de stocks finais este ano, para mais de 82 milhões de fardos de 480 libras.

Embora se espere que a produção mundial deva cair para 118 milhões de fardos de 480 libras, ainda assim irá exceder a procura de 106 milhões de fardos, mesmo após Pequim ter reposto o seu já massivo stock estratégico.

A outra grande mudança nos dados foi a quebra da China para o 13.º lugar dos 22 países que compraram fibra na última semana de janeiro.

Apesar da quebra nas exportações, a elevada taxa de envios oferece algum conforto para os negociantes, que temem que o aumento nos preços leve a mais cancelamentos.

«Todas as semanas que fazemos envios, suspiramos de alívio de não ter havido cancelamentos», indicou uma fonte dos corretores americanos.

Os envios atingiram um máximo para o ano comercial dos EUA de 440.100 fardos. Esse número, que inclui as vendas previamente reservadas enviadas durante a semana, mostra muitas vezes um pequeno aumento sazonal em meados de março, revelam os corretores.

A especulação invadiu o mercado de algodão deste ano, com os investidores não-comerciais a levantarem as posições compradas para o nível mais alto em mais de dois anos.

Fonte:http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/42073/xmview/...

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  Acredito que isso tudo seja especulações; em pouco tempo o mercado de algodão voltará a normalidade.

«Todas as semanas que fazemos envios, suspiramos de alívio de não ter havido cancelamentos», indicou uma fonte dos corretores americanos.

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