Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Algodão Colorido Renova Vocação Produtora de Campina Grande

Produção caiu de 1,8 mil hc para 60 hc entre 2001 e 2012.
Algodão tradicional ajudou a elevar importância da cidade no Nordeste

Campina Grande é conhecida como a desenvolvedora da tecnologia da variação genética popularmente chamada de 'algodão colorido'. (Foto: Flavio Torres/Embrapa)Campina Grande é conhecida como a desenvolvedora da tecnologia da variação genética popularmente chamada de 'algodão colorido'. (Foto: Flavio Torres/Embrapa)

A seca que atingiu a Paraíba este ano prejudicou a produção de um de seus produtos mais típicos, desenvolvindo com tecnologia de Campina Grande: o 'algodão colorido' ocupou em 2013 apenas 100 hectares de terras de agricultores familiares e cooperativas, um quarto da média de 400 hectares plantada anualmente. Mas essa produção já foi bem maior e chegou a ocupar 1,8 mil hectares em 2001, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em 2012, quando começou a seca, o quadro foi ainda pior, com apenas 60 hectares.

O 'algodão colorido', como ficou conhecida nacionalmente a variação genética, é resultado de uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Mas a relação de Campina Grande com o algodão é bem mais antiga. A produção algodoeira chegou a elevar a cidade ao posto de uma das maiores cidades de todo o Nordeste e do interior do país, à época tornando-se conhecida como a 'Liverpool brasileira'.

Após a chegada do trem no início dos anos 1900 e com a instalação de uma empresa especializada em 1935, a cidade tornou-se principal comerciante da matéria-prima no Brasil. Este desenvolvimento da indústria algodoeira gerou a primeira ascensão econômica de Campina Grande. Após o declínio do algodão, a cidade voltou a inovar com o desenvolvimento do ‘algodão colorido’ no início dos anos 2000.

Segundo a Embrapa, cinco variedades são exportadas atualmente para o resto do mundo, principalmente para os países do Japão, Itália e França, além de Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Espanha, Suíça, Inglaterra e Dinamarca. As tonalidades obtidas pelo melhoramento realizado em Campina Grande vão do verde-claro aos marrons escuro, claro e avermelhado.

Uma nova variedade deve ser colocada no mercado nos próximos anos. “Estamos tentando selecionar outras tonalidades dentro da cor marrom. São variedades dentro de um tom mais arroxeado, mas deve demorar alguns anos ainda para conseguir”, destacou o pesquisador responsável pelo projeto Luiz Paulo de Carvalho.

Para dar mais resistência e aumentar o comprimento das fibras, são utilizadas a fibra branca adaptada da região em cruzamento com outras importadas, dentro de um programa de melhoramento por técnicas convencionais, sem qualquer tipo de mutação transgênica no DNA.

Uma nova variedade de algodão colorido deve ser colocada no mercado nos próximos anos. (Foto: Alexandre Magno/Embrapa)Uma nova variedade de algodão colorido deve ser colocada no mercado nos próximos anos. (Foto: Alexandre Magno/Embrapa)

Estas variedades dispensam o uso de corantes químicos, não poluindo o meio ambiente e representando uma economia de cerca de 80% de água no processo de acabamento do tecido. De modo geral, o algodão colorido é orgânico, sem o uso de insumos e fertilizantes químicos. Por não ter corantes, ele é hipoalergênico, ideal para uso por bebês e pessoas alérgicas.

“Houve essa drástica redução no plantio, mas de parte da Conab não há um abastecimento ou armazenamento de algodão colorido. Estamos tentando auxiliar em uma ação pela garantia da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), mas não é nada garantido ou oficializado que possamos destacar ou assegurar porque estagnou um pouco o processo”, explicou o superintendente da Conab na Paraíba, Gustavo Guimarães. A PGPM tem como objetivo promover a estabilização da cadeia produtiva assegurando a garantia de compra aos produtores da fibra e de estoque para a indústria têxtil.

http://g1.globo.com/pb/paraiba/rainha-da-borborema/2013/noticia/201...

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fui ontem ao campo na comunidade  margarida maria alves na cidade  de juarez tavora e fiquei impressionada com oa campos do algodao colorido rubi de tao lindos que estao, os capuchos pesam quase 50 gramas enche uma mao, estamos muito otimistas com a safra deste ano acreditamos que a produçao media por equitare vai passar de 1500 kilos, infelizmente estes agricultores estao totalmente desassistidos pela emater do estado da paraiba, enquanto isto nosso governador esta trazendo milhoes de brasilia para construir elefantes brancos, como um centro de convençoes eem um lugar onde a populaçao que nao tem carro nao tem como chegar e o turista que vem para um  congresso tambem nao, estes agricultores sao herois infelizmente nao sei como colocar fotos, ah lembrando que este algodao e todo organico sem pesticida e sem fertilizante, estou orgulhosa de ter estes agricultores como fornecedores de minha materia prima

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