Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O Global Organic Textile Standard (GOTS), a Agência Espacial Europeia e a empresa de inteligência artificial Marple anunciaram o lançamento com sucesso de um novo projeto demonstrador que pretende mostrar o potencial da monitorização com satélites de sistemas de cultivo de algodão orgânico.

[©GOTS]

O projeto, que está a ser desenvolvido sob o programa de Aplicações de Negócio e Soluções Espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA), vai treinar inteligência artificial para usar dados de satélites da ESA para detetar campos de algodão na Índia e automaticamente classificá-los de acordo com o método de cultivo. Ao integrar métricas padronizadas de rendimento, esta abordagem vai também permitir ao GOTS gerar estimativas realistas do rendimento de algodão orgânico em áreas específicas.

Integrado com as métricas existentes, o projeto vai permitir melhorar a integridade do algodão orgânico, explica o GOTS, ao desenvolver tecnologia avançada de avaliação de risco para certificação orgânica e ao evitar fraudes desde o início da cadeia de aprovisionamento.

«É uma honra e muito entusiasmante ser parceiro neste projeto de demonstração da ESA e está alinhado com a nossa vontade de sermos pioneiros a servir o sector têxtil sustentável para permitir uma melhoria contínua. Tecnologias como esta serão revolucionárias no que diz respeito à integridade e oportunidades de promoção do algodão orgânico», acredita Claudia Kersten, diretora-geral do GOTS.

O impacto antecipado do projeto vai além da identificação dos campos de algodão orgânico certificados. Deverá também ajudar o GOTS a reconhecer os campos de algodão que ainda não obtiveram certificação orgânica, mas que têm o potencial para uma transição fácil para o cultivo orgânico, graças à sua utilização de práticas tradicionais e amigas do ambiente.


[©ESA]

«Este projeto realça como as soluções no espaço podem ter um impacto positivo no mundo e é este tipo de inovação que a ESA apoia através do seu programa de Aplicações de Negócio e Soluções Espaciais», destaca Guillaume Prigent, responsável de desenvolvimento de negócio e parcerias da Agência Espacial Europeia.

O projeto, que vai decorrer em várias regiões de cultivo de algodão da Índia, com os primeiros resultados a deverem chegar no final deste ano, surge no seguimento do trabalho já efetuado em 2021, quando a Marple, uma empresa de software alemã desenvolveu em parceria com a Agência Espacial Europeia o CoCuRA, acrónimo inglês de Avaliação Remota de Cultivo de Algodão

Esse projeto piloto mostrou como é que a inteligência artificial conseguia, de forma precisa, diferenciar campos de algodão de outras culturas agrícolas usando apenas imagens de satélite e dados de sensores, assim como se esses campos eram cultivados de forma orgânica.

Isso atraiu o interesse do GOTS, que se comprometeu a desenvolver tecnologias que melhorem a integridade do sector têxtil orgânico, sobretudo o algodão.

«Todos os nossos projetos procuram aproveitar tecnologia avançada para um impacto positivo no ambiente e na sociedade. Estamos, por isso, muito satisfeitos por a nossa tecnologia CoCuRA estar a ser aplicada de uma forma prática e com impacto», resume David Scherf, cofundador da Marple.

https://portugaltextil.com/algodao-vigiado-do-espaco/

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