Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Loja de roupas e acessórios chegou no país com promessas de preços baixo, mesmo comercializando produtos serem importados

Naiara Infante Bertão
Loja Forever 21

Loja Forever 21 (Lu Prezia/Sal/VEJA)

Com promessas de preços baixos e produtos diversificados, a rede de fast-fashion Forever 21 chegou ao Brasil em março de 2014 abalando as estruturas das concorrentes. Até dezembro, o que se via nas lojas - são 11, atualmente, no Brasil - eram roupas a preços realmente acessíveis, que competiam com as varejistas C&A, Renner, Riachuelo, e levavam milhares de consumidoras a formar filas extensas para gastar.

Jovens ostentavam orgulhosas suas sacolas da Forever 21, como se fosse medalha de uma competição esportiva — afinal, ficar horas em pé numa fila não fica devendo a nenhuma modalidade de atletismo. Contudo, em dezembro, pressionada pela alta do dólar, a empresa não conseguiu segurar os preços que formaram sua clientela até então.

As peças aumentaram em torno de 10 reais, em média, e algumas custam até mais caro do que as concorrentes que estão em saldão de coleção antiga. Vestidos de 69,90 reais, que antes eram facilmente encontrados nas prateleiras, hoje são raridade. O que mais se vê são vestidos acima de 99,90 reais. Shorts e saias que escapam das cores básicas não saem por menos de 59,90 — e chegam até algo próximo de 200 reais. Calças que antes eram vendidas a 85,90, agora custam 100 reais.

A movimentação nas lojas diminuiu, apesar de os preços se manterem baixos em relação a outras redes estrangeiras, como Zara, Topshop e GAP. Os preços foram remarcados aos poucos, entre 15 e 22 de dezembro, durante as compras de Natal. A mudança de valor pode ser verificada por qualquer cliente, já que houve apenas remarcação de preços na mesma etiqueta. As unidades recém-inauguradas, como as dos shoppings Bourbon e Eldorado, em São Paulo, já começaram suas atividades em janeiro com valores diferentes dos praticados nos nove meses iniciais no país.

A Forever 21 informou ao site de VEJA que o câmbio influenciou no reajuste de preços de algumas categorias de produtos. Mas a rede também argumenta que a alta se deve a outros fatores, como o aumento do custo de operação da empresa e a dinâmica competitiva dos mercados no país. "Nós precificamos nossos produtos com base no contexto de cada mercado e este é nosso primeiro reajuste no Brasil desde que inauguramos a primeira loja", afirmou a empresa, por meio de sua assessoria. "Quando decidimos sobre preços, nossa meta é prover qualidade e valor a nossos consumidores, enquanto continuamos a operar nosso negócio com rentabilidade", completou. A rede pretende abrir 15 novas lojas no Brasil em 2015, mas ainda não informou os locais.

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/alta-do-dolar-faz-forever...

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