Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Polêmica, mise-en-scène e muita personalidade. Nesta edição da São Paulo Fashion Week, o fashion show e a autoridade impressionam muito mais que badalação e celebridades na passarela


Se, no verão, o Fashion Rio é que lança as tendências, o que faz, então, a São Paulo Fashion Week neste período? A resposta é simples: reúne as principais cabeças pensantes da moda, os maiores estilistas do Brasil, em torno de coleções que podem até se influenciar pelas cores ou peças da estação, mas com um trabalho completamente autoral, como o neon de Glória Coelho e as transparências de Reinaldo Lourenço.

 

A SPFW mostra também é o fashion show. Desfiles trabalhados, com atores compondo o cenário na passarela, interagindo ou não com os modelos. Duas marcas se destacaram nesse sentido, Cavalera, com sua homenagem à festa mexicana do Dia dos Mortos e figuração de luchadores, e a Reserva, com palhaços cubanos que enrolavam charutos em plena passarela. Tudo lindo! Vamos às fotos?


Glória Coelho

No último andar do shopping Iguatemi, a estilista mostrou couros, transparências e muitos (re)cortes e estampas geométricos. O jogo de mostra-e-esconde de cores vivas (como laranja, verde bandeira e azul royal) sob tecidos neutros (como o preto e o areia) foi a marca da apresentação.

 

Samuel Cirnansck

O mais polêmico e comentado desfile da temporada. Samuel explorou o lado do fetiche colocando modelos amordaçadas e amarradas na passarela. O que causou “bafafá” foi que os últimos looks eram de noiva, e a leitura que rolou foi a de que a mulher era submissa e presa ao casamento. Afora isso, látex, cetim e tule foram explorados.

 

Osklen

Com o tema Royal Black, a marca faz um tributo à cultura negra no Brasil. A coleção começou desfilando looks em algodão cru, evoluindo em tecidos e shapes, tudo muito leve e desejável. As cores apresentadas foram neutras e estavam em macacões, shorts, camisetas, calças, vestidos e saias longas.

 

Colcci

Um dos desfiles mais badalados. Desde a temporada passada, a marca investe em Ashton Kutcher como chamariz. O ator entrou na passarela ao lado da top Alessandra Ambrósio, cruzou a passarela, sentou na primeira fila e lá ficou. A coleção está linda, fresca, bem colorida e com o clima anos 70 total, dos cabelos à la Farrah Fawcett às pantalonas.

 

Reserva

Um batalhão de militares com nariz de palhaço dourado entra na passarela e fica o desfile inteiro enrolando charutos, fazendo coreografias e quase desviando a atenção das roupas. Com o tema Cuba Libre?, a marca dá uma colorida nos básicos para o verão masculino, com peças como os cardigans e as bermudas mais curtas.

 

Reinaldo Lourenço

Com desfile na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), o estilista mostrou coleção inspirada nos diamantes e no sex appeal dos Anos Dourados. Vestidos de noite com recortes transparentes em segunda pele trouxeram uma nova silhueta e um novo olhar sobre os seios, cobertos por gatinhos.

 

Movimento

As lindas estampas são trabalho do artista plástico pernambucano George Barbosa e só contribuíram com a elegância da coleção de moda praia. Hot pants com cintos largos, babados, maiôs com recortes geométricos e com amarrações nas costas compõem um desfile bem feminino e sexy.

 

Alexandre Herchcovitch

Saias rodadas, vestidos sequinhos e muito cetim compôs a silhuetas anos 40, 50 e 60 do estilista. Um verão fino, romântico, superfeminino, todo em tons pastéis perolados. Bordados manuais com minicristais enriquecem a coleção, fazendo o contraponto com a mostrada no início do ano, densa e escura, para o inverno.

 

Iódice

Branco é a cor do verão da grife, mas não está sozinho. Aparece com azul, lima e florais. As formas se destacam por serem fluidas, confortáveis e femininas, com muita pele à mostra. Os vestidos curtos evasê - às vezes com pontas assimétricas - arrancaram aplausos de uma plateia empolgada com o que viu.

 

Tufi Duek

Inspirada na arte indígena brasileira, a grife trabalhou com minimalismo e beleza as miçangas e os desenhos tribais em sua coleção de verão. O contraste entre as cores é marcante, claro e escuro exaltam os desenhos. Depois do crochê e do tricô, será que o artesanal vai invadir tanto a moda?

 

Triton

Entre a Califórnia e o Amazonas, o desfile da Triton trouxe estampas de paisagens e bichos tropicais como o tucano. A coleção é alegre, com vestidos curtinhos estruturados e paletós camelo de mangas amplas.

Huis Clos

Parecia coleção de inverno em pleno verão. Peças comportadas, em cinza, preto, camelo, tudo muito sóbrio e seguindo a proposta que as clientes da marca tanto adoram. Acima de tudo, a Huis Clos desfilou elegância.

 

Um desfile de beleza O Boticário

Pela primeira vez, acontece um desfile de beleza na São Paulo Fashion Week. O Boticário lançou mais uma linha de sua maquiagem premium, a Make B, a Infinit, com apresentação de Fernando Torquatto e Andrea Mota. Os looks apareciam em um telão, e as modelos entravam na passarela, fazendo três paradas ao longo

do percurso, para que todo mundo visse. Funcionou!

 

Cavalera


Uma procissão da festa mexicana do Dia dos Mortos, com lutadores de lucha libre tatuados (pescados no Twitter) em pleno Ibirapuera, ao ar livre. A coleção se inspirou nas cores (e nas tranças) de Frida Kahlo, misturando-as à pegada rock n’roll da marca. O branco e o preto, associados à morte, são base para cores vibrantes, quase neon.

Fonte:|opovo.com.br|

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