Criações foram apresentadas na Mostra de Inovação, Ciência e Tecnologia da unidade da rede especializada em indústria têxtil
Isabela Barros
Dia de praia? Então pode levar na bolsa uma esteira com captação de energia solar para recarregar o celular enquanto aproveita a paisagem. E usar um biquíni com bolso impermeável no sutiã, caso queira mergulhar levando o dinheiro junto. Se não houver folga e o percurso para o trabalho for longo, um casaco com capuz acolchoado pode fazer às vezes de travesseiro, facilitando o cochilo no transporte público. Ainda não encontradas nas lojas, essas novidades já são realidade graças ao talento dos alunos da Escola Senai Francisco Matarazzo e da Faculdade de Tecnologia Senai Antoine Skaf, especializadas em vestuário, ambas no bairro do Brás, na capital paulista. No dia 10 de junho, na Mostra de Inovação, Ciência e Tecnologia das duas unidades, esses e outros projetos foram apresentados ao público.
De acordo com o diretor da Escola Senai Francisco Matarazzo, Marcelo Costa, a mostra é realizada a cada semestre, sendo uma vitrine dos trabalhos de conclusão dos cursos de nível técnico e superior. Na última edição do evento, foram 40 projetos expostos. Os estudantes são divididos em equipes com 3 ou 4 participantes cada.
“Há toda uma preparação, um estudo para a aplicabilidade dessas criações, pensadas para atender as necessidades dos consumidores”, explica Costa. “Não perdermos o foco na viabilidade da indústria e na discussão sobre como vender essas ideias de produtos”.
Entre os destaques da última Mostra, a esteira de praia com captação de energia solar, o biquíni com bolso impermeável no sutiã, uma calça para gestante que já vem com uma cinta para segurar a barriga acoplada, o colete com capuz acolchoado e uma capa de chuva dupla face que vira bolsa.
E isso não foi tudo. “Os alunos desenvolveram também um traje biodegradável para sepultamento que reproduz um terno com velcro nos braços e nas pernas, sendo mais fácil de vestir”, afirma o gerente de Inovação e Tecnologia do Senai-SP Osvaldo Maia, que visitou a exposição.
Outra criação que chamou a atenção de Maia foi um macacão para deficientes visuais com sensor de aproximação. “Existe entre os alunos uma preocupação com o uso social das peças, um empreendedorismo que visa criar produtos úteis”, diz.
Dessa forma, os projetos que participam da Mostra são recomendados para a participação em eventos similares organizados por outras entidades, um trabalho feito pelas equipes de Inovação das duas unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) especializadas no setor têxtil.
“O objetivo é desenvolver a capacidade empreendedora, a criatividade e o raciocínio lógicos dos nossos alunos, técnicos e docentes”, afirma Costa.
A julgar pela originalidade das criações, a meta foi atingida.
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