Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Apenas 3 em cada 10 modelos das principais semanas de moda são negras, aponta estudo

Apesar de todos os problemas ― como os métodos controversos de seleção de modelose as péssimas condições de trabalho para as modelos ― a quarta temporada do desfile de moda Yeezy, marca de Kanye West, teve seu lado positivo: 97% de suas modelos eram negras. Foi, mais uma vez, o desfile de moda mais diverso dos quatro mais importantes no mundo.

Desde 2014, o site TheFashionSpot divulga após as temporadas de desfiles de moda um relatório muito esperado e revelador sobre a....

Há muito tempo a indústria da moda é exclusiva e negligencia as modelos negras e a diversidade, o que enfatiza a importância dos resultados encontrados nesses relatórios.

O relatório desta temporada examinou 299 desfiles e a aparência de 8.832 modelos na semana da moda desde a recém-concluída em Nova York, Londres, Paris e Milão.

“Pela primeira vez na sua história recente, mais de 25% das seleções não foram de modelos brancas”, notou o relatório, dizendo que as filas das passarelas da Primavera/Verão de 2017 são - meio que - “as mais diversas da história”.

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Modelos da Temporada 4 Yeezy

A Semana da Moda de Nova York do mês passado foi ligeiramente menos diversa do que os desfiles da temporada de outono/inverno, em fevereiro, mas foi o mais inclusivo das quatro cidades, como costume.

A disparidade entre Nova York e as cidades europeias é notável: Nova York apresentou 30,3% de modelos negras, enquanto que Milão apenas 20,9%, o pior no ranking. Paris empregou 24,1% de modelos negras, e Londres apresentou 23,5.

Surpreendentemente, Chromat e Christian Siriano, duas marcas celebradas pela inclusão, não chegaram ao topo das cinco mais diversas da lista. Becca McCharren de Chromat é conhecida pelos seus métodos inclusivos de contratação de modelos, e a marca apresentou duas modelos ‘plus size’ e transgênero no desfile, embora a porcentagem de modelos negras caísse de 85 a 65% em comparação com a última temporada.

Siriano também não fez parte embora tenha enviado cinco modelos ‘Plus Size’ para a passarela. 
O fato de não entrarem no rank das top cinco pode ser interpretado como algo extremamente positivo: mais designers estão sendo inclusivos e os que costumavam estar por fora agora são menos.

precious lee walks at christian siriano
Precious Lee walks at Christian Siriano.

Arredondando os top cinco mais diversos depois de West foi Kimora Lee Simmons (com 82% de modelos negras), Ashish, o único desfile fora de Nova York que foi escolhido como o mais diverso (75%), e Brandon Maxwell (69%).

Infelizmente, pelo menos cinco shows não tiveram nenhuma modelo negra, incluindo o de Junya Watanabe e o The Row de Mary-Kate e Ashley Olsen. As duas marcas já tinham aparecido entre as menos diversas antes: The Row contratou apenas uma modelo negra no seu desfile de Primavera/Verão 2015, já Watanabe é um infrator regular.

Ele foi citado por ser o desfile menos diverso e número um na temporada de Outono/Inverno 2016 e foi acusado de ‘whitewashing’ a Primavera/Verão de 2016, também.

Melhoras na diversidade no que se refere ao tamanho, idade e gênero das modelas ficaram bem atrás das melhoras no quesito de raça. Dezesseis modelos GG (plus-size) desfilaram em Nova York, mas não havia nenhuma em Paris, Milão e Londres. Dez modelos transgêneros apareceram em total: oito em Nova York, uma em Paris e uma em Milão.

De acordo com o relatório, “as mulheres de 50 anos ou mais apareceram em mais passarelas nesse Mês da Moda do que em qualquer outra temporada nos últimos tempos”.

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Lauren Hutton walks at Bottega Veneta.

Uma melhora, mas, como costume, ainda há um longo caminho a percorrer.

Confira o infográfico abaixo e vá até o site theFashionSpot para ver o relatório completo.

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Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

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