Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O grupo Armani está a colaborar num novo projeto de algodão regenerativo no sul de Itália com o objetivo de reduzir a sua pegada ambiental, prosseguindo a estratégia de sustentabilidade anunciada em 2021.

[©Armani]

O grupo de moda italiano fez uma parceria com a Fashion Task Force, da Sustainable Markets Initiative, e a Circular Bioeconomy Alliance, ambas fundadas pelo Príncipe de Gales, atualmente Rei Carlos III, no projeto Apulia Regenerative Cotton Project, que se irá centrar na produção de algodão com base no desenvolvimento agroflorestal.

O objetivo do projeto, explica o grupo Armani em comunicado, é desenvolver uma área agroflorestal de algodão regenerativo, que será a primeira do género, para testar e avaliar cientificamente novas formas de implementar a produção de algodão sustentável em Itália. O projeto deverá demonstrar como melhorar a diversidade da paisagem, poupar água e a fertilidade do solo, assim como serviços relacionados com o ecossistema, ao mesmo tempo que se produz algodão com uma baixa pegada carbónica.

«Na moda, tudo começa com a matéria-prima: todos os meus designs começam com a escolha do tecido. E foi a experimentar e a usar tecidos não-tradicionais que revolucionei a moda», afirma Giorgio Armani. «Mas a indústria têxtil é um dos sectores com maior impacto no planeta e esse é um problema que não pode ser negligenciado. O nosso compromisso com a Sustainable Markets Initiative é impulsionar uma mudança positiva: é um projeto ousado e inovador que é particularmente significativo para mim e para a minha empresa. Participar ativamente no desenvolvimento de algodão regenerativo agroflorestal, particularmente em solo italiano, é um passo importante e vai também ter um impacto real nas comunidades locais. Em tempos uma utopia, a moda regenerativa começa finalmente a assumir uma forma tangível», sustenta o designer de moda e fundador da casa de moda.


Giorgio Armani[©Armani]

Cinco anos de investigação

A região de Puglia (em latim Apulia) tem um clima temperado que cria o ambiente ideal para produzir diversas culturas. O projeto deverá contribuir para reintroduzir na região o cultivo do algodão, cujas origens remontam ao século XII.

Depois da plantação de um hectare de terra, que começou em maio, a partir de 2024 a área cultivada com algodão vai expandir-se para ocupar um total de cinco hectares. O projeto irá decorrer durante cinco anos, sendo uma das primeiras experiências na Europa para testar algodão agroflorestal com práticas regenerativas e espécies alternativas de árvores. Relatórios científicos periódicos vão avaliar as propriedades do algodão produzido, o impacto ambiental e os níveis de produção das diferentes variantes introduzidas.

A iniciativa está enquadrada no compromisso do grupo Armani de integrar e reforçar o desenvolvimento sustentável e responsável nos valores da empresa e na sua estratégia de negócio, sublinha o comunicado. Em 2021, o grupo italiano lançou uma nova estratégia de sustentabilidade baseada em três pilares – pessoas, planeta e prosperidade –, tendo definido objetivos concretos não só para a empresa, mas para toda a sua cadeia de valor.

https://portugaltextil.com/armani-investe-em-algodao-regenerativo/

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