Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Artesãs de Nova Friburgo criam produtos a partir da reciclagem de resíduos têxteis

Quatro mulheres de Lumiar fabricam tapetes, almofadas, necessaires e pufes por meio da técnica de tear manual. Produtos são vendidos em uma loja para moradores e turistas.


Maior parte do trabalho no ateliê é feito no tear manual — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

Maior parte do trabalho no ateliê é feito no tear manual — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

Almofadas são feitas a partir das sobras de tecidos doadas pelas confecções — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

Almofadas são feitas a partir das sobras de tecidos doadas pelas confecções — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

Transformar resíduos têxteis que poderiam ir para o lixo em novos produtos é a principal atividade de um grupo de artesãs de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. É no Sítio São Jorge que Maria Cristina Frez Ledo, Maria Matilde Frez, Marcele dos Santos e Michele Rodrigues reciclam as sobras de tecidos que chegam das confecções. O sítio fica na localidade chamada Galdinópolis, área rural de Lumiar.

No local, há um ateliê onde as artesãs usam a máquina de tear para produzir almofadas, tapetes, necessaires, pufes, jogos americanos e bolsas. Ao lado, uma lojinha onde elas vendem os produtos para moradores da região e para turistas já que Lumiar recebe muitas pessoas para o turismo ecológico.

O projeto chamado Oficina das Ervas existe há duas décadas. Segundo Maria Cristina, de 46 anos, no início a produção era menor, mas na última década o negócio decolou, se mostrando como uma atividade importante do ponto de vista da sustentabilidade e também econômico.

“O que para umas pessoas seriam lixo para a gente é matéria-prima e dão umas peças muito boas. É muito material que chega da confecção e ele já vem todo preparado. É ótimo de trabalhar. Com os retalhos menores fazemos os enchimentos das almofadas. Não jogamos nada fora”, afirmou Maria Cristina”.

Renda das quatro artesãs é proveniente do trabalho de reciclagem — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

Renda das quatro artesãs é proveniente do trabalho de reciclagem — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

O projeto garante a renda mensal das quatro artesãs. “Nosso dinheiro vem totalmente dessa atividade que exercemos. Meu marido é aposentado e o que ganho com a reciclagem representa 30% do orçamento da casa”, diz Maria Cristina, que tem dois filhos.

A mãe dela, Maria Matide Sangi Frez, de 65 anos, deixou o trabalho na lavoura para ajudar a filha e assim consegue também cuidar dos netos porque fica perto de casa. Atualmente, ela trabalha com o arremate das peças. “É com esse dinheiro que pago meu INSS, as consultas ao médico e compro meus remédios. Além de tudo é um trabalho que eu adoro. É maravilhoso fazer essa reciclagem”, afirma.

A maior parte da reciclagem é feita com as tiras de microfibra que são doadas pela empresa Monthal. Segundo Maria Cristina, a empresa tem a preocupação de encaminhar os retalhos já separados em tiras e por cor, o que facilita o trabalho no tear manual. E todo material é aproveitado.

Tapetes são feitos no tear com as tiras de tecidos doadas pelas confecções — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

Tapetes são feitos no tear com as tiras de tecidos doadas pelas confecções — Foto: Divulgação Oficina das Ervas

Elas recebem ainda retalhos da Amandelle, que também produz moda íntima. De lá são encaminhados tecidos como lycra, renda e algodão. As artesãs trabalham ainda com barbantes e fibra natural. Outros produtos feitos no ateliê são as fronhas dos travesseiros com ervas aromáticas por isso o nome “Oficina das ervas”.

Segundo Maria Cristina, o ateliê tem condição ainda de receber mais tiras para usar no tear e também outros tipos de retalhos de tecidos. As confecções que tiverem interesse em fazer a doação podem entrar em contato pelo número: (22) 99821-1031 ou pelo perfil do instagram Oficina das ervas.

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