Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O mercado ainda oferece espaços para serem preenchidos por empreendedores

Modelo da Salmo, empresa que investiu em camisetas para o mercado gospel. (Foto: Divulgação)

Acamiseta é uma peça coringa dentro do mercado da moda. Presente em coleções das mais variadas marcas, com uma variedade de estampas e cores, é possível combiná-la com vários modelos de roupa, montando visuais que atendem pessoas com os mais diversos estilos, desde os mais básicos até os mais ousados. É também um hit no mundo do empreendedorismo. Desde o surgimento das máquinas para customizar a peça em casa até franquias especializadas no produto, o mercado vive atraindo empreendedores interessados neste segmento.

Segundo Bruno Zamith, consultor do Sebrae-SP, investir nesse setor exige que o empreendedor faça pesquisas constantemente e conheça seu consumidor. "O empreendedor precisa entender o cliente, se ele espera uma coleção mais chamativa ou mais tradicional, saber em que momento ele vai utilizar a peça e qual comportamento irá transmitir com ela", diz.

No cenário atual, existem marcas que trabalham com a confecção de camisetas de muitas maneiras. Algumas apostam na venda pela internet e lojas comunitárias, enquanto outras montam seus quiosques em shoppings. Para Zamith, além do planejamento da estrutura do negócio e do modelo de venda, o foco para conquistar esse mercado é estudar um nicho específico de atuação. Ele ressalta que, independente do nicho escolhido, a preocupação com a qualidade da modelagem e da matéria-prima não devem ficar em segundo plano. O maior desafio é fazer o cliente se fidelizar e comprar mais de uma peça. "Muitas marcas já trabalham com minicoleções, voltadas para esse público escolhido. Ao invés de confeccionarem uma camiseta básica, podem se diferenciar oferecendo produtos com maior valor percebido e com um tema específico, que chame a atenção desses consumidores."

A Salmo camisetas é um bom exemplo desse modelo de negócio direcionado.  Os publicitários Gabriel Santacreu e Pedro Hermano investiram em um e-commerce de camisetas voltada para o mercado gospel, com peças que levam estampas e frases de fé.  “Queríamos uma marca que representasse a fé, mas que pudesse ser usada por seguidores de correntes diferentes", afirma Hermano. Santacreu acredita que a confecção de camisetas pode perder o apelo informal, trazendo sucesso para quem ingressa neste ramo. "Vale investir em qualidade de tecido, caimento do corte, estampas mais atuais, cortes diferenciados, tamanhos e acabamentos", diz.

Depois de conseguir estabelecer bem o foco de público e o padrão de qualidade uma boa dica para iniciar o negócio é apostar em parceiras com designer e artistas urbanos. Na visão de Zamith, as marcas que vendem peças diferenciadas com estampas retrô, de super heróis ou moda street costumam valer-se muito dessas parceiras para suas coleções e o movimento pode ser válido para outras temáticas como a da Salmo, por exemplo. "Isso vai ajudar a desenvolver o diferencial das peças e trazer inovações para as camisetas", afirma o consultor.

Zamith acredita que ainda existe bastante espaço no mercadopara quem trabalhar com camisetas, mas é preciso planejar um modelo de negócio que tenha um diferencial. "Existem demandas poucos exploradas no mercado brasileiro como camisetas com proteção solar, tecidos orgânicos e veganos, dentre outros. Tudo isso pode ser uma boa aposta nesse mercado movimentado." Na visão de Santacreu, as marcas devem transparecer sua filosofia nos produtos. “Quando falamos de vestuário, a marca deve buscar, através das roupas, transmitir seu humor, estilo e valores próprios”, destaca.

http://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2016/10/dicas...

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