A plataforma mundial de pesquisa analisou o comportamento de compras online de mais de 5 milhões de consumidores, nomeadamente os artigos de moda que pesquisaram, procuraram e compraram, provenientes de 12 mil designers e lojas online de todo o mundo.
O pódio
Uma mistura entre a Inteligência Artificial e o seu valor histórico impulsionou a Gucci a recuperar o primeiro lugar da lista, depois de ter escorregado para segunda posição no primeiro trimestre do ano. A Lyst refere que a casa de moda italiana registou um aumento de 20% nas receitas no segundo trimestre e foi o centro as atenções quando o diretor criativo da Gucci, Alessandro Michele, foi coanfitrião na gala Met, em maio. Entretanto, introduziu também uma nova tecnologia que permite aos consumidores experimentar, de forma virtual, calçado.
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Off White
Apesar da descida para o segundo lugar, a Off-White foi alvo de muitas pesquisas devido à colaboração com a Ikea e ao equipamento criado para Serena Willians usar durante o Torneio de Roland Garros.
A procura pelas sapatilhas Track 2 da Balenciaga ajudaram a casa de moda francesa a conquistar a terceira posição. A Lyst recorda que a Balenciaga também mostrou o seu lado filantropo no período, quando se comprometeu a oferecer bolsas de estudo para a Pratt Institute Black Alumni.
Sobe e desce
A Valentino manteve-se firme na quarta posição ao flexionar os seus músculos na streetwear, com uma colaboração com a Undercover, de Jun Takahashi. A plataforma mundial de pesquisa descreve a coleção como «uma mistura entre luxo e streetwear que mostra as suas diferentes perspetivas».
Em quinto lugar, a Prada registou, no segundo trimestre, pela primeira vez em quatro anos, um aumento nas receitas. A casa de moda trilhou também o seu caminho verde, anunciando que iria, de forma faseada, deixar de usar poliamida e banir o uso de peles.
Já a Fendi baixou duas posições, figurando em sétimo lugar, depois de ter homenageado em junho o seu diretor criativo, Karl Lagerfeld. No segundo trimestre do ano, a casa de moda trabalhou com o artista Pref numa coleção cápsula e colaborou com o diretor do filme Call Me by Your Name, Luca Guadagnino, na sua coleção masculina primavera-verão 2020.
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Valentino x Undercover
A tecnologia têxtil manteve a Stone Island no top 10. Na oitava posição, a insígnia estreou o mais recente modelo da série Prototype Research, um casaco que muda de cor em função da temperatura. A marca de streetwear também celebrou a abertura da sua loja flaghsip em Milão.
Por sua vez, a Nike subiu duas posições para o nono lugar, conseguindo um equilíbrio entre colaborações pontuais – como a que lançou em parceria com a Netflix sobre a série Stranger Things – e mensagens de inclusão. Durante o segundo trimestre, a gigante dos EUA introduziu manequins de tamanhos grandes na sua loja em Londres e estreou uma nova ferramenta de medição de pés digital.
A Saint Laurent encerra o top 10. Além da abertura de uma nova loja em Paris, a Lyst destaca que a casa de moda introduziu duas novas caras nas suas campanhas – Keanu Reeves e Finn Wolfhard – e ainda estreou colaborações exclusivas com a Net-a-Porter e a Mr Porter.
Emergentes de sucesso
O índice da plataforma mundial de pesquisa mostra igualmente que há marcas emergentes. A Palm Angels subiu do número 18, registado no primeiro trimestre de 2019, para o número 15, graças a colaborações, com a Under Armour e a Moncler.
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Palm Angels x Moncler
Celebridades como Katy Perry e Taylor Swift ajudaram a Moschino a chegar ao 18º lugar, depois de, nos primeiros três meses do ano, ter ficado em 23º. A marca mostrou a sua excentricidade com colaborações com o jogo The Sims e a Playboy.
Entretanto, a lista revela um abrandamento nas insígnias com ligações à família Kardashian. A Yeezy, criada por Kanye West, desceu três posições para o 19º lugar, apesar da parceira com a Adidas, que deverá gerar 1,3 mil milhões de dólares (aproximadamente 1,1 mil milhões de euros) em vendas até ao final do ano. Por seu lado, a Balmain, que o crítico de moda Robin Givhan uma vez descreveu como «a marca não oficial das Kardashians», desceu três posições, para o número 20.
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