“Tenho coletado roupas vintage desde a época de escola. Sou apaixonada por isso”, diz Hillary Justin, fundadora da etiqueta californiana. Em 2014, ela começou a reformar itens em denim que encontrava em brechós e acervos de Los Angeles, onde mora, e a vendê-los sob encomenda. O negócio tomou proporções cada vez maiores e, no ano seguinte, ela lançou a Bliss and Mischief oficialmente. “As calças antigas da Levi’s e as jaquetas militares são minhas peças favoritas e hoje uso algumas como base para desenvolver as coleções”, explica. Atualmente, a grife produz tanto artigos vintage reformados quanto itens novos, além de outros feitos sob medida com customizações que levam até três semanas para serem finalizadas – sempre com apelo retrô e influências western.
Antes mesmo de o upcycling cair no mainstream, as amigas cariocas Mayra Sallie, Luana Depp e Isa Maria Rodrigues já aplicavam a ideia de reciclagem na Mig Jeans. “Percebemos que, apostando no denim, podíamos ir além de customizar peças de brechós, que era a nossa ideia inicial. Ele é um material de produção poluente, de grande duração e facilidade de transformação”, contam elas, que criam peças novas com itens descartados. “O custo é menor, o que nos permite ter preços acessíveis. Além disso, temos um serviço de customização e um sistema de descontos a quem doa matéria-prima.”
a.”
A blogger Danielle Bernstein, do site We Wore What, decidiu dar um passo além dos posts de look do dia e lançou no ano passado a Second Skin Overalls, uma marca dedicada aos macacões jeans. “Senti que tinha muito mais a oferecer”, diz, sobre a faceta estilista. Seus seguidores viviam lhe perguntando onde poderiam encontrar os modelos que ela usava nas fotos, mas sempre eram peças únicas que havia garimpado em brechós. “Percebi que existia um espaço no mercado que eu poderia explorar, se criasse uma etiqueta de modelos de alta qualidade e caimento impecável.” Danielle está à frente de todo o processo de produção e também conta com um expert em desenho técnico para garantir o shape perfeito.
A etiqueta dinamarquesa foi originalmente fundada em 1994 com o nome Munthe plus Simonsen, mas tomou uma proporção grande demais e acabou fechando as portas nos anos 2000. Eis que a diretora criativa, Naja Munthe, decidiu relançar a label com o nome abreviado e focar na exclusividade, em vez de buscar a expansão. “Fazemos quatro coleções por ano, mesclando o jeans em suas lavagens cruas com outros materiais, como lã, algodão e seda, entre outros”, diz Naja. “A Munthe não fala apenas de roupas, mas sim de um universo criativo. Buscamos inspirações das ruas das principais capitais de moda, como Paris e Nova York, para então incorporar nossas referências nórdicas a elas.” munthe.com.
Especializado em moda masculina, o designer David Sarfati começou a perceber uma mudança em sua butique parisiense. “Reparei que cada vez mais surgiam mulheres em busca dos nossos jeans ou homens procurando novas peças para substituir as que as namoradas haviam roubado.” Decidiu então introduzir nove criações para mulheres na linha Le Denim, lançada em abril. Apesar dos shapes mais femininos, as peças ainda mantêm o estilo atemporal e genderless que fez a fama da label.
Com pouquíssimo tempo de vida, a etiqueta idealizada por Tom Martins ao lado do arquiteto Bruno Dalto já foi parar em importantes publicações de moda internacional, como nomes brasileiros para ficar de olho. A essência da label é democrática e tem nas roupas de grandes proporções seu elemento mais característico. A ideia é criar itens oversized que possam ser moldados de diversas formas pelo cliente em seu corpo. O jeans entra como principal matéria-prima pelo caráter versátil, urbano e atemporal. As coleções são divididas por séries e não por estação. A terceira e mais recente traz looks denim com bordados e outros lisos, em lavagens claras e escuras. A marca pode ser encontrada nas lojas Choix e Pair, em São Paulo, ou no e-commerce.
Bella Hadid, Stella Maxwell, Chanel Iman e Joan Smalls. Essas são algumas das it-girls flagradas com looks desta neolabel, lançada pelo grupo Alliance Apparel, de Los Angeles. Exclusivamente em denim, todos os modelos trazem referências vintage, mas com modelagem e caimento moderno e urbano. “As silhuetas clássicas são fáceis de combinar e permitem que nossos clientes possam expressar sua própria individualidade de maneira despretensiosa por meio de itens inspirados pelo movimento street”, diz o release oficial da etiqueta. Entre os hits, estão jaquetas com patches e aplicações, assim como minishorts e saias destruídas ou com patchwork de tecidos.
Por Chantal Sorti
http://elle.abril.com.br/moda/as-marcas-que-estao-transformando-a-c...
Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI
Tags:
Seus seguidores viviam lhe perguntando onde poderiam encontrar os modelos que ela usava nas fotos, mas sempre eram peças únicas que havia garimpado em brechós.
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por