Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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As passarelas internacionais provam que o rosa cresceu e (re)apareceu

Quando pensamos em rosa, vários estereótipos pulam na nossa cabeça, fazendo com que os neurônios realizem as seguintes ligações: ele é 1) uma cor de menininha, 2) sinônimo de Barbie, 3) uniforme de “legalmente loiras” e 4) clichê da ladylike, que insiste em se vestir com saia rodada à la macaron e acredita que a vida é um comercial de margarina. E, se você tiver um pouco mais de quilometragem fashion, também vai ligá-lo a Elsa Schiaparelli, a estilista italiana que patenteou o pink, e a Karl Lagerfeld, que declarou detestar a cor. A lista pode continuar, dependendo de seu background. O rosa foi o tom escolhido para vestir Gwyneth Paltrow no Oscar de 1999, o grito de moda de Cinderela em Paris e um dos eleitos pela rainha Elizabeth em suas aparições oficiais. Dificilmente suas sinapses vão associá-lo às palavras cool, sofisticada, adulta, workaholic. Mas, acredite se quiser, é exatamente isso que a cor representa em 2015. Hora de apertar o botão de restart.

Primeira Fila Agosto

Na temporada de inverno internacional, um clã de estilistas poderosos fez uma espécie de “extreme makeover”, tirando o rosa (e todas as suas variações) da caixinha de coisas doces, quase infantis, e colocando-o em peças que passam longe dos clichês. Na Prada, por exemplo, dona Miuccia deu um banho de futurismo retrô na cor, criando um terninho no melhor estilo “há que endurecer, sem perder a ternura jamais”. Meio Jetsons, meio quero agora. O segredo? Corte clean, sem nenhuma firula.

A mesma ideia foi vista na Tod’s (trench usado com galocha), na Paul Smith (maxicasaco combinado a calça larga e tênis), na Max Mara (maxicasaco com sapatos masculinos e óculos geek) e na Marques’Almeida (um conjunto amplo com barras desfiadas, na vibe que fez a fama do duo português). Sinal dos tempos, até Lagerfeld reviu conceitos e pensou pink tanto no inverno quanto no resort da Chanel. E, mais sinal ainda dos tempos, na Gucci, o homem vai de rosa (por que não?), em mais um exercício de desconstrução de rótulos by Alessandro Michele.

Vale lembrar que, se, assim como eu, você ainda teme parecer muito bonequinha na companhia do rosa, a melhor pedida é o blush – a opção segura de quem está acostumado a ver o mundo em cores neutras. Ele funciona praticamente como um nude, mas com a vantagem de valorizar mais tons de pele.

Nessa rehab, o styling e a maquiagem também fazem toda a diferença. Tirar a cor da sua zona de conforto (leia-se looks mulherzinha à última potência) e combiná-la com referências masculinas é a garantia de que você entendeu o recado. Nada de batom combinando, esmalte ou afins. O rosa cresceu. Assim como a gente. 

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