Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O conforto está mais em voga do que nunca e, por isso, moletons, modelagens ampas e flats figuram na nossa lista.

Como nossa editora-sênior de reportagem de moda Vivian Whiteman já definiu, o SPFWn42 veio repleto de mudanças. Algumas marcas apostaram no modelo “see now, buy now”, vendendo tudo ou apenas algumas peças logo depois de seus desfiles, enquanto outras continuaram seguindo o esquema tradicional, apresentando o inverno 2017, que entra nas lojas somente em meados de junho. Assim, a passarela do evento se recheou de tendências quentíssimas de desejo imediato e de outras menos palatáveis que ainda vão levar um tempo para entrar no inconsciente coletivo das fashionistas.

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De cara, podemos falar das modelagens oversized. Essa foi uma das escolhas mais recorrentes entre os estilistas que participaram do evento. Enquanto Vitorino Campos (em sua marca própria e também na Animale) investiu em camisas desconstruídas e calças bem largas, a À La Garçonne de Fábio Souza e Alexandre Herchcovitch pede ajuda às camisetas vintage de basquete para aderir à trend.

Camisa branca com mangas ultralongas do desfile da Animale no SPFWn42

Na Animale, a camisa branca ganha superdecote + mangas ultralongas. (Zé Takahashi/Agência Fotosite)

O combo da vez

Não à toa, a estreia da Just Kids das estilistas Juliana Jabour e Karen Fuke foi inteira composta de formas amplas. No mundo grunge-gótico da dupla que mergulhou de cabeça na subcultura dos anos 1990, os moletons estão em um relacionamento sério com o tule. Se lá fora a já consolidada Vetements e a neo designer inglesa Molly Goddard apontavam para essa combinação, nas mãos da etiqueta brasileira ela toma ainda mais força.

Moletom desfilado pela Just Kids no SPFWn42

A Just Kids investiu pesado na combinação de moletons com saias e vestidos de tule. (Zé Takahashi/Agência Fotosite)

Cadê você, salto alto?

Como já mostramos anteriormente, os high heels estão perdendo o seu posto do Olimpo fashion há algum tempo. No SPFW, que também surfa na onda pró-conforto, não podia ser diferente. Foram poucas as etiquetas que investiram no salto alto e, quando o fizeram, optaram por versões mais blocadas, como é o caso dos oxfords da À La Garçonne ou das botinhas de jacquard ou de tressé de couro da Animale. Entre nossas flats preferidas estão as sandálias de Vitorino Campos feitas em parceria com a Melissa e os slippers com sola tratorada da Água de Coco.

Em parceria com a Melissa, Vitorino Campos fez sandálias com tiras que simulam a costura do couro.

Em parceria com a Melissa, Vitorino Campos fez sandálias com tiras que simulam a costura do couro. (Marcelo Soubhia/Agência Fotosite)

A mistureba

No maior jeitinho brasileiro, muitas marcas não seguraram a mão da hora de se divertir entre mil texturas. O maior exemplo disso é o Experimento NOHDA, desfile do grupo da estilista e empresária mineira Patricia Bonaldi, que contou com três marcas ao mesmo tempo: a PatBo, a Apartamento 03 e LucasMagalhães. No Teatro Oficina – que virou passarela com direito a fila A repleta de influencers digitais – o conglomerado juntou tricôs, bordados e volumes em um só look.

A top que estampa a nossa capa de novembro Valentina Sampaio era uma das estrelas do casting do Experimento NOHDA, no Teatro Oficina.

A top que estampa a nossa capa de novembro, Valentina Sampaio, era uma das estrelas do casting do Experimento NOHDA, no Teatro Oficina. (Zé Takahashi/Agência Fotosite)

Quem também não teve medo de misturas inusitadas foi Helô Rocha que continua colocando a sua espiritualidade nas roupas que cria. Desta vez, a interpretação chega na forma de um mix de estampas liberty total relax. Por fim, vale também citar os vestidos da À La Garçonne que tinham aplicações de renda vitoriana sobre o moletom/neoprene característico da grife.

Vestido de moletom com renda vitoriana aplicada da À La Garçonne

Vestido de moletom com renda vitoriana aplicada da À La Garçonne. (Zé Takahashi/Agência Fotosite)

Nas joias, o mesmo acontece. A grife de Alexandre e Fábio (com acessórios feitos em parceria com Hector Albertazzi) e também a Animale não hesitaram em combinar rosé, prata e dourado em seus brincos, pulseiras, colares e braceletes.

Os brincos da Animale, além de assimétricos, misturavam vários tons de metal.

Os brincos da Animale, além de assimétricos, misturavam vários tons de metal. (Marcelo Soubhia/Agência Fotosite)

A vida é um doce!

Apesar da Sasha Meneghel ter desfilado para a Coca-Cola Jeans, foram os desfiles de João PimentaMemo + Lolitta e Ratier que fizeram com que seus convidados se lembrassem da música “Doce Mel” da nossa superstar Xuxa. Nessas apresentações, os tons pastel marcaram presença, sempre de namorico com o streetwear ou com o sportswear.

Cores adocicadas, sportswear e o mix entre o guarda-roupa masculino e feminino foram as principais apostas de João Pimenta.

Cores adocicadas, sportswear e o mix entre o guarda-roupa masculino e feminino foram as principais apostas de João Pimenta. (Zé Takahashi/Agência Fotosite)

Para agradar David Lynch

Quem assistiu Veludo Azul (1986), do diretor norte-americano, sabe do poder fetichista do tecido. Não à toa, ele apareceu na coleção de Vitorino Campos – inspirada na obra de artistas que tinham o sexo como seu tema central – em tops e até em calcinhas! Valdemar Iódice também não dispensou o material e fez vários vestidos deles com amarrações sobrepostas e ilhoses decorativas. Depois da volta da Juicy Couture e desse novo momento do plush, a tendência recupera o lado couture do aveludado.

No desfile da Iódice o veludo foi o grande protagonista.

No desfile da Iódice, o veludo foi o grande protagonista. (Zé Takahashi/Agência Fotosite

 

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