Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

"Não é uma bolsa, é uma baguette!" A frase de Carrie Bradshaw em Sex and the City resume o glamour e o legado da indiscutível it bag, cujo aniversário de 25 anos foi comemorado pela Fendi há alguns meses com desfile grandioso em Nova York.

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Fotos: Divulgação/Fendi

Foi com a Baguette que a expressão “it bag” ganhou espaço no vocabu... A bolsa da italiana Fendi, que ganhou expressão máxima com a ajuda de Sex And The City, está mais em forma do que nunca. Nada mal para um acessório que acaba de completar 25 anos. A celebração foi em setembro, à altura da fama, com o mais imponent... O show, que transformou o interior do Hammerstein Ballroom de Manhattan, teve uma fila de celebridades encabeçada pela atriz Sarah Jessica Parker, que deu vida à personagem fashionista Carrie Bradshaw na série.

O burburinho provocado por dezenas de famosas, incluindo Kim KardashianNaomi WattsKate Moss e Grace Jones, podia ser sentido já na entrada com clima de prémière hollywoodiana, com direito a tapete vermelho e uma multidão de fotógrafos e curiosos. Ponto para a marca, levando-se em conta que uma verdadeira it bag é venerada por nomes de peso, que contribuem para amplificar o fenômeno. Só o post de Kim sobre a noite Fendi rendeu mais de um milhão e meio de likes e mais de cinco mil comentários..

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Fotos: Divulgação/Fendi

Na passarela, a Baguette ganhou 25 edições reinterpretadas a partir de originais que estavam nos arquivos da marca e várias criações que deram à bolsa, pensada para ser usada embaixo do braço como pão francês, passaporte para transitar por roupas e outros acessórios. “Ela é um manifesto de individualidade porque é feita de milhões de versões. Não há nada impossível de aplicar na Baguette”, afirma Silvia. A utilidade essencial da bolsa se tornou inspiração para vários bolsos/bolsas de parkas a polainas. “Eu não queria fazer uma ‘coleção’ tradicional para o aniversário. Pelo contrário, é uma celebração de um tempo, do momento em que a Baguette ficou famosa. Relaciono esse tempo com uma sensação de liberdade em excesso e diversão – ambas as qualidades que a Baguette possui”, explica Kim Jones, diretor artístico de alta-costura e moda feminina da Fendi.

Fotos: Divulgação/Fendi

Foi a partir dessa vontade que vieram os desdobramentos. O mais importante deles foi o convite para que Marc Jacobs levasse seu olhar de moda urbana bem-humorada e, decididamente, novaiorquina para os looks e a quem Jones se refere como o “Rei da Moda Americana”. Amigos de longa data e parceiros de trabalho durante a fase na Louis Vuitton – foi Jacobs quem o contratou para a linha masculina da marca francesa – a sintonia entre eles era evidente. “A Baguette. É uma bolsa – e eu nunca sou de fugir de uma bolsa icônica”, destacou o estilista que, visivelmente, se divertiu misturando texturas e camadas para o público Y2K. A sensação de glamour hiperluxo e brilhante permeia a coleção, em misturas bem dosadas entre paetês e sedas. O casual ganhou formato quase couture na série de looks com saias de tecido de paraquedas, combinadas com jaquetas jeans e estolas e chapéus de pele reciclada. A mistura de prata e amarelo resgata fachadas de vidro e coletes de segurança dos operários nas ruas da cidade sempre movimentada. Elementos tão democráticos como aqueles que eram reverenciados na moda em 1997, quando Silvia Venturini Fendi criou a Baguette. “Foi um dia especial quando desenhei esta bolsa; as estrelas alinhadas”, contextualiza a diretora artística de acessórios e moda masculina da Fendi sobre o período que ainda contava com a presença de Karl Lagerfeld na direção criativa da marca – falecido em 2019, ele ficou por mais de 50 anos no cargo. O fim da última década do século 20 trazia uma quebra de barreiras entre limites sociais, que em Sex and the City podia ser visto com o quarteto de garotas transitando entre uptown e downtown com looks grifados – e, muitas vezes, com uma Baguette arrematando tudo. Para Jones, foi um período em que ele, menor de idade, tinha uma identidade falsa que abria portas de clubes como o Pyramid no East Village. As Baguettes repletas de paetês reluzentes trazem de volta boas lembranças dessa época.

Final do desfile, a partir da esquerda: Delfina Delettrez, Silvia Venturini Fendi, Marc Jacobs, Linda Evangelista e Kim Jones.

Fendi + Porter

O brilho adocicado das versões de Sarah Jessica Parker dá lugar a uma visão mais masculina em outra parceria, desta vez com a marca japonesa de malas Porter, que já fez versões para a Peekaboo. Conhecida por seu náilon dublado resistente e luxuoso, unido à precisão do feito à mão japonês, a grife agregou seu DNA de leveza e funcionalidade para chegar a versões bem descoladas. A coleção Porter também apresenta uma das últimas novidades da bolsa italiana: a Bum Baguette.

Fendi + SJP

É inegável que Carrie Bradshaw mudou para sempre a carreira de Sarah Jessica Parker e a Baguette tem lugar afetivo nessa história. As duas eram inseparáveis na série no fim dos anos 1990. Sua importância pôde ser medida com a inclusão da Baguette da personagem no acervo da exposição Bags: Inside Out, no museu Victoria & Albert, em Londres, no ano passado. E And Just Like That... refez essa união com o resgate da versão em paetês roxos e também abriu espaço para que a primeira it bag recobrasse sua força bem a tempo para as comemorações dos seus 25 anos.

Daí que fez todo sentido a parceria de Sarah Jessica com a Fendi no desenvolvimento a quatro mãos com Silvia Venturini Fendi do modelo bordado em paetês degradê com paleta de roxo, wasabi, rosa bebê ou azul suave com quatro fivelas intercambiáveis que se adéquam ao humor do usuário. A icônica frase “Não é uma bolsa, é uma Baguette” vem impressa dentro do acessório.

Fendi + Tiffany

Pertencentes ao grupo LVMH, a romana Fendi e a nova-iorquina Tiffany & Co uniram expertises. Há as versões comerciais de couro no mítico azul da joalheria à la Baguette – a cor foi registrada pela empresa em 1998 e a partir de 2001 se tornou um componente exclusivo – que chegam ao mercado no começo do próximo ano. E há, ainda, a versão joia em prata, esmalte, croco, ouro branco e diamantes, que exigiu quatro meses de trabalho manual. O T e o F complementam-se no logo em ouro branco, incrustados de diamantes e lírios, e rosas – as flores da Itália e do Estado de Nova York, respectivamente.

Baguette em cetim com multibolsos no desfile. (Fotos: Divulgação/Fendi)

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