Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Balmain celebra os reis da elegância africana em desfile na Paris Fashion Week

Nesta coleção exuberante para o outono-inverno 2024/25, o diretor artístico Olivier Rousteing presta homenagem à cultura africana. Especificamente, celebra o sentido de elegância africano, transmitido em particular pelo movimento SAPE (Société des Ambianceurs et des Personnes Elégantes), popularizado no Congo na década de 1960. É também uma forma de se reconectar com as suas raízes. O designer, nascido em circunstâncias desconhecidas e adotado por uma família francesa de Bordeaux, descobriu há alguns anos as suas origens etíope e somali.

Os modelos percorreram o espaço com botas ou tênis brancos, com um fino fio dourado colocado no centro do rosto como uma joia tribal e pulseiras brilhantes em volta dos braços. Com luvas em couro preto e um buquê de flores nas mãos, eles exibiram sua classe com looks salpicados de requintados beijos vermelhos, desfilando em elegantes ternos, casacos e tops brilhantes.

Calças largas pretas com pregas, por exemplo, foram combinadas com malhas com efeitos ópticos no estilo Vasarely. Esses efeitos gráficos continuaram em uma série de peças pretas com bolinhas brancas de todos os tamanhos. Algumas roupas apresentaram um toque surrealista, com uma boca ou olho gigante. Por fim, outras silhuetas reproduziram as fotografias hipercromáticas do artista visual ganense Príncipe Gyasi em estampas ou aplicações em tecido.

Olivier Rousteing também colaborou na escolha da paleta com o artista britânico-camaronês Ibby Njoya. Cores fortes e alegres tomaram conta do vestuário: camisa amarelo brilhante ou vermelho, com casaco ou calça na cor lilás, enquanto algumas calças foram tingidas de azul royal ou verde claro. Mais adiante, a íris gigante de um olho nos tons brilhantes do amanhecer apareceu em camisetas, ternos, casacos e acessórios.

O estilista não esqueceu das roupas mais informais, com jeans, jaquetas e peças de couro, enquanto, para a noite, os dândis imaginados por Olivier Rousteing foram enfeitados em ouro com pulseiras grossas e cascatas de colares, além de peças banhadas em ouro metal, como um corpete ou um sobretudo, e todo tipo de acessórios do mesmo tom, como chapéus, bolsas, pastas, capacetes e até mesmo um turbante.

Esta coleção ousada com um toque de alta costura marca com força o retorno da Balmain à moda masculina. A categoria representa 30% das vendas totais da empresa, que este ano abriu quatro lojas nos Estados Unidos, seu maior mercado. Com este desfile, Balmain quis “devolver aos homens o lugar que merecem”, afirma o diretor de marketing, Txampi Diz.

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