BRASÍLIA - A bancada do PP na Câmara é contrária a exceções ao aumento de tributos dos setores beneficiados pela desoneração da folha. Mas, em caso de o relatório do líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), ser aprovado pelo plenário, o partido vai defender um aumento de alíquotas "mais modesto" para três segmentos: têxtil, móveis e calçados. Esse é um pedido que atende principalmente a deputados do PP do Rio Grande do Sul.
Segundo o líder do partido na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), a bancada entende que o ajuste é importante para o país e está disposta a votar junto com o governo. No entanto, não concorda com a criação de uma alíquota intermediária para transportes, call center, alimentos da cesta básica e comunicação - como quer o relator.
A proposta original do governo prevê que 56 segmentos econômicos passem a pagar, como contribuição previdenciária, uma alíquota de 2,5% e 4,5%. Atualmente, essas taxas são de 1% e 2%, respectivamente. O parecer de Picciani propõe uma alíquota intermediária - de 1,5% e 3% - para alguns setores.
"Qual o critério de escolha? Todos vão ter impacto [da alta de tributos]. Ou vale para todos os setores ou nenhum", disse Fonte.
Mas, se houver casos excepcionais, o partido vai defender um "alívio" para os três setores, pois sofrem muito com a concorrência com produtos asiáticos.
A bancada do PP se reuniu nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
Levy prometeu que, após a votação do ajuste fiscal, vai discutir também com o Congresso medidas para aumentar a competitividade das empresas, ou seja, a política industrial.
FONTE: http://www.valor.com.br/politica/4098316/pp-quer-aliviar-textil-mov...
Por Thiago Resende | Valor
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