Não se pode deixar de falar na decadência da lavoura do algodão, no Rio G. do Norte. Há pelo menos 30 anos passados, essa lavoura alcançava elevado nível, enfrentando o algodão do Egito. O Instituto de Pesquisa Agronômica do Nordeste (IPANE) e o IPA (Instituto de Pesquisa Agronômica) fizeram as maiores trabalhos com essa cultura. Foi o ano da ascensão do mocó-fibra longa, que levava o nosso algodão a melhores preços. À frente disso estava o agrônomo Ursulino Veloso, técnico altamente experiente que dava total assistência aos técnicos da Estação Experimental de Cruzeta, para que o mocó se mantivesse na linha de exportação para os países consumidores. Era, sem duvida, um grande trabalho dos técnicos do IPEANE e do IPA.
Para quem já foi um dos maiores produtores de algodão do Nordeste, produzindo, o mais conceituado algodão do mundo, é difícil aceitar as dificuldades que impedem já agora, a retomada da atividade. Não se pode deixar de dizer que o Rio G. do Norte já chegou a produzir 100 mil toneladas de algodão e movimento que os cotou dezenas de usinas de beneficiamento. Bastaria que os cotonicultores do Estado enfrentassem a concorrência doo algodão do Egito, considerado o melhor algodão do mundo em qualidade. Na verdade, o que acabou com o algodão no Brasil foi a famosa “praga do bicudo” Ela surgiu de forma criminosa para colocar um ponto final numa atividade que trazia divisas para o país. A partir daí, começou a se importar algodão para atender ao consumo da fabricas no país inteiro. Só no Rio G. do Norte havia duas fabricas importantes estimuladas pelo ex-governador Aluízio Alves a SACRAT e a Ducal.
O Rio Grande do Norte é um Estado geograficamente pequeno, porém com uma boa situação econômica, em função do que produziu com a exploração da xelita, algodão cera de carnaúba, sal e ate mesmo com petróleo. Entretanto, o que tem feito cair é a falta regular de inverno para impulsionar a sua agricultura e outras atividades correlatas. Sentindo, já agora, os problemas da seca rigorosa. O Governo federal tem autorizado a injetada de recursos para ajudar a agricultura sair da miserável situação. Com todo o sistema de assistência do Governo, o algodão do Rio G. do Norte precisava voltar a produzir, elevando essa cultura tão poderosa. Isso depende também da assistência dos órgãos ligados à Secretaria de agricultura que tem condições de trabalhar para isso. Na realidade é preciso recursos e o Governo federal está aí para isso. A presidente Dilma, com sua vinda a natal se mostrou atenta para os nossos problemas.