Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O segmento de silicone para aplicação industrial foi apontado pelo estudo do BNDES Potencial de Diversificação da Indústria Química, concluído no fim de 2014, como um dos que agregam valor às matérias-primas locais disponíveis e competitivas e que também podem ser atrativos para investimentos. 

 
·          De acordo com o estudo encomendado pelo BNDES ao consórcio Bain & Company e Gas Energy, as importações de siloxano na cadeia de produção do silicone foram de 22 mil toneladas em 2012, o equivalente a US$ 69 milhões de dólares.  Embora o Brasil produza e exporte silício metálico, o siloxano, principal matéria-prima do silicone e que é produzido a partir do silício metálico, é importado. 
 
·          Não há no Brasil plantas para produção de siloxano, devido à demanda interna insuficiente de silicones, bem abaixo da escala econômica das novas plantas. Há ainda uma desvantagem competitiva para produção voltada para exportação, devido à falta de disponibilidade do metanol, uma das principais matérias-primas, além do elevado custo dos investimentos na instalação de uma planta. Segundo estimativa do BNDES, em 2027 a demanda potencial local de siloxano será de 60 mil toneladas, ou US$ 200 milhões.
 
·          A expansão da capacidade produtiva de silicone em 50 mil toneladas/ano, até 2027, geraria um impacto líquido positivo na balança comercial de US$ 226 milhões de dólares em 2027, segundo o estudo. Esse impacto permitiria reduzir o déficit comercial do setor, que foi de US$ 428 milhões em 2012, para US$ 202 milhões em 2027. Se a capacidade produtiva local não aumentar, em 2022 as importações de silicones devem atingir 37 mil toneladas.
 
·          Mas para que as indústrias aumentem a capacidade de produção é necessário superar alguns desafios, mostra o estudo do BNDES. Entre eles estão a demanda local insuficiente para justificar a produção e a falta de estímulos em apli­cações nas quais o consumo de silicone ofereceria maior benefício econômico ou de bem-estar à sociedade, além da ausência de vantagens competitivas para a exportação.
 
·          Para vencer tais dificuldades e atrair novos investimentos é preciso, por exemplo, novas regulações para incentivar a demanda, como a adoção de normas que exijam a melhoria de qualidade, desempenho e resistência de produtos finais; uso do potencial excedente de gás natural seco da oferta inflexível para produção local de químicos com base em metano, além da desoneração tributária dos investimentos, essencial para garantir a competitividade.
 
·          A Abiquim, por meio da Comissão Setorial de Silicones e do BNDES, estuda ações para transformar o estudo apresentado no fim do ano passado num projeto concreto. Segundo Lucas Freire, coordenador da Comissão Setorial de Silicones da Abiquim, é muito importante que sejam criadas condições para colocar em prática esse plano o mais rápido possível já que se trata de um projeto de longo prazo. Caso contrário, diz ele, o processo de substituição de cadeias locais por importação de produtos acabados irá continuar, especialmente nos segmentos de autopeças, têxtil e de peças industriais. 
 
·          O trabalho do BNDES visa ao fortalecimento e expansão das cadeias produtivas e o desenvolvimento e implantação de novas tecnologias, além de contribuir para o desenho de instrumentos e ações de uma política industrial para o setor químico.
 
 Produção nacional:  A indústria brasileira de silicone movimenta US$ 240 milhões. Em 2014, o volume de produção da indústria de silicone registrou retração ao redor de 1%, impactada pelas condições econômicas adversas. Entre 2007 e 2012, o mercado nacional de silicone teve crescimento anual médio de 5,2%, acima dos 3,7% ao ano registrado pelo mercado mundial no mesmo período.
 
O volume estimado de produção pela comissão setorial de silicones da Abiquim é superior a 30 mil toneladas.  Os principais produtos de silicones são fluídos, emulsões, elastômeros (borrachas sintéticas) e resinas, além dos selantes, outra categoria importante. E esses diferentes tipos são utilizados na fabricação de milhares de produtos. Largamente utilizado em áreas como construção civil, automotiva, cosmética, química, têxtil, elétrica, entre outras, o silicone também está ganhando espaço na área de energia renovável, como eólica e solar, e de produtos com tecnologia LED

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