Investindo no upcycling, criadores da Berma Bag pensam em lançar novas peças e até móveis.
RIO — Cada vez mais falado no mundo fashion, o upcycling vem garantindo presença em coleções de marcas internacionais como Balenciaga e Miu Miu. A técnica de reutilizar tecidos para confecção de novas peças é uma das apostas sustentáveis do setor da moda para frear as toneladas de lixo que o setor produz anualmente. Influenciados pela tendência e pelo desejo de mudança, três jovens moradores da Barra decidiram criar sua própria marca em 2019: a Berma Bag, que comercializa bolsas confeccionadas a partir de tecidos reaproveitados e se prepara para o lançamento da sexta coleção.
—Temos agora o movimento contrário ao consumo exorbitante. Na Berma a gente tenta refletir no processo criativo os conceitos do slow fashion e do upcycling, que ajudam o meio ambiente. Por exemplo, na produção de jeans se usa uma quantidade de água muito grande— conta Mateus Salimena, estudante de Administração de 23 anos, que criou a marca ao lado dos estudantes de Design Pedro Lopes, da mesma idade, e Lucas Felsk, de 24 anos.
—A Berma Bag é formada por três amigos que começam uma marca de roupas com tecidos meio que numa brincadeira de erros e acertos. A partir daí vimos como uma oportunidade de negócios, pois ao mesmo tempo em que era esteticamente agradável, a gente já tinha uma uma matéria-prima para começar em casa — explica Salimena.
No início, as bolsas eram feitas principalmente a partir de calças jeans e cargo de suas próprias famílias. Hoje eles fazem uma curadoria pela cidade em brechós e também recebem doações. A sexta coleção será lançada em parceria com o estúdio gráfico Porta Preta, com peças customizadas.
—É a nossa primeira parceria e estamos bem animados. Ao longo desses dois anos a gente pôde ir adaptando nosso produto: começamos com uma só modelagem e priorizávamos o tecido. Hoje, temos alguns modelos de bolsas mais elaboradas. A principal bolsa chamamos carinhosamente de pastel de feira (risos) — explica Salimena.
A marca tem uma pegada jovem e voltada para o street wear. Os rapazes costumavam vender suas coleções em feiras artísticas espalhadas pela cidade. Com a pandemia e as mudanças nos hábitos de consumo, tiveram que se adaptar, e além da nova coleção, planejam aumentar a variedade de produtos. Atualmente, as peças são vendidas exclusivamente pelo endereço do Instagram @bermabag.
—A gente já teve até ponto físico, mas o local fechou na pandemia. Agora pensamos muito em criar outros produtos, roupas ou até mesmo móveis. Mas tudo pensado nesse conceito de reutilização e sustentabilidade — diz.
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