Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Depois de criar dificuldades para a importação de carros, o governo federal adotou, nesta semana, a licença não automática para a entrada de cobertores de fibras sintéticas do Uruguai e do Paraguai e de tecidos para esses produtos vindos da China no mercado nacional.

A medida faz parte do processo aberto pelo Brasil, para apurar práticas ilegais de importação de produtores desses itens têxteis. Há indícios de sistemática ilegal chamada triangulação. Trocando em miúdos, para escapar de regras contra o dumping (que é a venda abaixo do preço de custo), produtores estrangeiros mascaram a verdadeira origem da importação, usando outros países como intermediários no envio da mercadoria.

E já havia sanção contra os cobertores chineses, adotada pela Câmara de Comércio Exterior, no ano passado. As suspeitas agora recaem sobre a importação de partes (o tecido), com a finalização do produto feita no Brasil. Também há sinais de que é feita a revenda do produto proveniente da China por meio do Paraguai e do Uruguai para o mercado brasileiro, o que frustra a medida antidumping.

A abertura de investigação das práticas ilegais de importação traz alguma esperança para o fabricante nacional, que se vê atualmente em disputa praticamente perdida. A fabricante T4, que tem fábrica em São Bernardo e detém a marca tradicional Tognato, por exemplo, procura se diversificar para sobreviver no mercado.

O diretor Luiz Pardo cita que se a empresa tivesse de viver só de cobertores, já teria quebrado. Esse produto já foi o carro-chefe da companhia. Ele assinala que os itens de fibra sintética chineses, embora tenham qualidade inferior e durem bem menos, custam 60% do preço dos itens da empresa, que são feitos em algodão. Com isso, a competição fica difícil.

Hoje, os cobertores da Tognato representam apenas 9% de seu faturamento. Suas colchas de piquet contribuem com 75% dos negócios. O restante vem de outros produtos de cama (lençóis, fronhas, capas de edredon etc), que comercializa para hotéis e hospitais.

Com esses itens, a T4 deve crescer em vendas de 10% a 15% neste ano. O quadro de funcionários também vai aumentar, com a abertura de dez vagas. A empresa passará a ter 50 empregos. O número é bem distante dos 3.500 que a antiga Fiação e Tecelagem Tognato (fechada em 2005) já teve, em São Bernardo.

 

 

FONTE: DIÁRIO DO GRANDE ABC


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     É uma pena que depois de tantas quebradeiras só agora começam e descobrir os "podres" dos importados. Instrias grandes como a TOGNATO que se reduziu a praticamente pó e agora tentando juntar seus cacos para que possa quem sabe um dia recuperar os seus 3500 pais de família e enfim voltando a ser uma das grandes empresas produtoras de tecidos deste país. A Fiação e Tecelagem São José e mais a sua controlada que resistiu o quanto pôde a força dos "malditos importados" é uma  que hoje também está tentando se mover em meio aos escombros, empresa essa como muitas que sempre teve a QUALIDADE como fator primordial ser vencida por produtos de "meia mão" ou às vezes até por mãos escravas, isto é um absurdo, trabalhei mais de 20 anos  nesta empresa, construi minha casa, casei, minha família cresceu e hoje só não tabalho nela mais porque ela não existe mais. Eu tive este privilégio, e a geração futura, o que terá?

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