Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Brasil melhora posição em ranking mundial do trabalho escravo

O Brasil melhorou sua posição no ranking de trabalho escravo global deste  ano, mas ainda tem 155.300 brasileiros submetidos a condições consideradas  degradantes de trabalho. Sétima economia do mundo, o país passou da 94ª posição,  com 200 mil  pessoas consideradas em condição análoga a de escravo, para 143ª posição  no ranking do relatório deste ano da Walk Free Foundation, organização  não-governamental que tem como missão acabar com a escravatura moderna.

A ONG elogia no relatório a atuação do governo brasileiro e o Pacto Nacional  pela Erradicação do Trabalho Escravo. "Muitas  empresas estão tomando medidas  proativas para lidar com a escravidão em  sua cadeia de suprimentos. No final do  ano passado, 380 empresas,  representando 30% do PIB do país Brasil, tinham  aderido ao pacto", cita o  documento.

O relatório menciona ainda que, em maio deste ano, a  aprovação da PEC  (proposta de emenda constitucional) do Trabalho  Escravo, que autoriza a  expropriação de imóveis e propriedades onde  forem flagrados trabalhadores em  situação análoga à escravidão e  enquadra os infratores nas sanções previstas no  código penal.

 

No mundo

Conforme o documento, no mundo, a escravidão cresceu 20,13% e atinge 35,8  milhões de pessoas em 167 países. Entre os países que apresentam a maior  proporção (prevalência) de  população em condições de escravidão estão:  Mauritânia (com 4%),  Uzbequistão (3,97%), Haiti (2,3%), Qatar (1,36%) e Índia  (1,14%).

Em  termos de números absolutos, a Índia continua no topo da lista com  14,29  milhões de pessoas submetidas a condição de escravidão. Em seguida  estão China  (3,24 milhões), Paquistão (2,06 milhões), Uzbequistão (1,2  milhões) e Rússia  (1,05 milhões). Juntos, esses cinco países  representam 61% da chamada  "escravatura moderna mundial", segundo a ONG,  e somam quase 22 milhões de  pessoas.

Depois da Europa (com 1,6%), o continente americano é a região com  menor  prevalência de escravidão moderna, com 3,6% do total mundial ou  1,28 milhão de  pessoas: homens, mulheres e crianças vítimas de  exploração, sobretudo  trabalhadores agrícolas.

No  continente, o México é o país com o maior número absoluto de pessoas   exploradas: 266.900. Em seguida estão Haiti (237.700), Brasil (155.300),   Colômbia (105.400), Argentina (77.300), Venezuela (60.900) e Chile   (36.900).

 

Onde há maior exploração

O relatório ressalta que, no ano passado, a construção civil foi o setor  com  mais destaque no emprego desse tipo de mão de obra, seguido pelo  agrícola.  "Atividades que se relacionam a limpeza de terrenos,  especialmente para criação  de gado, lavouras e plantações (como soja,  café, laranja, cacau, chá). Casos de  trabalho forçado também na  exploração de madeira e produção de carvão vegetal  foram identificados,  mas em menor grau", cita o documento.

Destaca ainda que, na área urbana, os bolivianos são "explorados" na cadeia  do vestuário. "Mais da metade dos 100 mil imigrantes bolivianos entraram no  Brasil por canais irregulares e, portanto, são facilmente manipulados com  violência, ameaças de deportação e vulneráveis."]

 

FONTE:

http://www.valor.com.br/brasil/3781748/brasil-melhora-posicao-em-ra...

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