Com uma cadeia produtiva robusta, inovação crescente e práticas sustentáveis, o Brasil vem ganhando destaque no cenário global do denim. Tradicionalmente dominado por polos como China, Bangladesh, Paquistão e México, o mercado mundial começa a enxergar no país sul-americano um novo e promissor centro de produção.
Um dos principais fatores que impulsionam essa transformação é a força do mercado interno e a posição estratégica do Brasil em blocos econômicos como o Mercosul e os BRICS. Além disso, o país lidera a produção de algodão certificado pelo programa Better Cotton, que promove práticas sustentáveis.
A Vicunha, maior produtora de denim da América Latina e uma das três maiores do mundo, tem desempenhado um papel fundamental nesse movimento. Fundada em 1967, a empresa se tornou sinônimo de inovação e responsabilidade ambiental. Entre suas iniciativas mais impactantes está o sistema que permite a produção de tecidos com 100% de água reciclada, além da linha Regen, que utiliza algodão cultivado com práticas regenerativas para preservar a saúde do solo e reduzir o consumo de água.
“O nosso compromisso vai além da produção de tecidos premium; buscamos inspirar a moda jeanswear com criatividade e responsabilidade ambiental”, destaca German Alejandro Silva, diretor de marketing da Vicunha.
Esse cenário de inovação e sustentabilidade também tem atraído a atenção de players internacionais. A italiana Officina39, referência em tecnologias para o denim, apostou no Brasil ao perceber o potencial do mercado para produtos alinhados às tendências globais. Em parceria com a Vicunha, a empresa lançou uma coleção cápsula em 2024 e trouxe ao país o revolucionário processo Aqualess, que elimina o uso de água no tratamento do denim e substitui a pedra-pomes por uma alternativa sustentável.
Em uma matéria publicada pela Rivet, Andrea Onate destaca que, além do Aqualess, outras tecnologias inovadoras da Officina39, como o Zero PP (que cria efeitos vintage sem permanganato de potássio) e o Deterpal Bluecast (que evita o amarelamento pós-desbotamento), estão chegando ao mercado brasileiro.
Apesar das inovações, desafios ainda precisam ser superados. Tarifas de importação elevadas e obstáculos logísticos dificultam a competitividade internacional, e algumas questões ambientais demandam atenção. No entanto, o cenário está mudando. Empresas como a Vicunha estão implementando práticas regenerativas no plantio do algodão, e a presença de grandes marcas internacionais, como a H&M, indica que a indústria brasileira precisa apenas de algumas adaptações para atender às novas demandas do mercado global.
O diretor da Denim Première Vision, evento do qual a Vicunha participa ativamente, Fabio Adami Dalla Val, afirmou: “O Brasil está prestes a se tornar um grande player na indústria global do denim.”
Com criatividade, inovação e uma capacidade já comprovada de reinvenção, o denim brasileiro está se preparando para conquistar o mundo. Essa história está apenas começando.
Para mais detalhes, confira a publicação original da Rivet, assinada por Andrea Onate.
Fonte: Iolanda Wutzl | Foto: Divulgação
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