Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Moda da gola V decotada tomou conta do guarda-roupa de diversas celebridades e, agora, está mais presente no guarda-roupa dos homens brasileiros

Jude Law, ator britânico

Nesta foto, o decote de Jude Law parece até comportado, se comparado com golas incrivelmente abertas já usadas em outras ocasiões

Simon Cowell, executivo e jurado de programas de calouros

Simon Cowell é uma das celebridades que aderiram ao decotão e é um dos que se destacam por exagerar na dose, algumas vezes

Robin Gibb, do Bee Gees, em 1978

A gola V mais cavada já foi moda no passado. Na imagem, Robin Gibb, do Bee Gees, mostra o peitoral peludo com o decote

Jogador de futebol Neymar e atriz Fernanda Paes Leme

Ao lado da atriz Fernanda Paes Leme, Neymar usa o decote

Jogador de futebol Dedé

Jogador de futebol Dedé, do Cruzeiro, também ostenta o decote, junto a um colar

Fora do Brasil, a moda que mostra um pouco mais do peitoral masculino ganhou o apelido de he-vage, que nada mais é do que uma brincadeira em inglês com as palavras ele (he) e clivagem (cleavage).

Em países como Estados Unidos, Inglaterra e Argentina, os homens têm tido liberdade maior para mostrar o corpo há mais de cinco anos, mas por aqui o ritmo tem sido lento. Segundo Otávio Lima, coordenador do Master em Negócios e Varejo de Moda da Universidade Anhembi Morumbi, esse atraso em relação ao que se vê no exterior é facilmente explicado.

A moda da gola V bem decotada foi muito associada ao público gay, aos fisiculturistas e aos estilistas e pessoas ligadas à moda. “O Brasil ainda é um país machista, mas isso tende a melhorar”, afirma.

Na opinião dele, só agora o mercado masculino geral do país está absorvendo a tendência, que perde aos poucos a carga de preconceito que tinha até pouco tempo atrás. Apesar de o ator Fiuk usar o decote há algum tempo, essa mudança vem graças aos jogadores de futebol, que são, de certa forma, um espelho de masculinidade para o público.

Neymar, do Barcelona, e Dedé, do Cruzeiro, são exemplos de atletas que já apareceram com modelos mais ousados. “Homem geralmente tem resistência ao novo em moda, mas, quando um arrisca, todos passam a usar”, afirma.

Esse mesmo fenômeno pôde ser visto em outras tendências, como a baby look masculina – uma camiseta bem justa, que, assim como o decotão, era vista como algo exclusivo do público homossexual.

“Há 15 anos, era um escândalo. Depois virou moda e até os gordinhos usam, hoje”, diz. O mesmo se pode dizer da calça skinny, peça cativa dos guarda-roupas dos homens mais descolados.

Tamanho é documento?

Uma vez que a moda se instala, outras discussões, digamos, “mais profundas” surgem. Uma delas é o tamanho do decote. Um dos grandes adeptos que, de tempos em tempos, geram calorosos debates é o ator britânico Jude Law.

Em diferentes ocasiões, ele foi visto com camisetas muito decotadas que chocaram o público (o exemplo acima pode ser considerado comportado, em comparação com outros que ele já usou). Em um texto recente do site The Daily Beast, seu bom senso (ou a falta dele) em torno da peça recebeu especial atenção.

Mesmo com o físico atlético (algo essencial para que o look fique bem), a escolha do ator não pareceu muito feliz. Na avaliação do repórter Tim Teeman, Law exagerou na dose, ao usar um modelo que mostrou além da conta.

Existe um limite para o decote? Para os entendidos do assunto, a linha de corte está nos mamilos, que devem ficar bem escondidos, sob pena de cair no ridículo.

Para Otávio Lima, de fato, usar uma camiseta que mostre metade do tronco não é algo indicado, principalmente em ambientes mais formais. “É o mesmo que usar uma minissaia no trabalho, no caso das mulheres. Não fica bem”, afirma.

E os pelos? Pode isso, Arnaldo? Apesar de muitos acharem estranho um peito cabeludo saltando aos olhos, a depilação não é obrigatória, ainda mais agora, que a barba está em alta. De acordo com Lima, o visual mais “natural” tem ganhado cada vez mais espaço, enquanto o lisinho demais pode ser visto como cafona.

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Luciana Carvalho, de

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