Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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C&A dá um passo à frente em nova campanha que fala de união e diversidade

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SHOT DO FILME DA MARCA ©REPRODUÇÃO

A primeira vez que vi a nova campanha da C&A foi no Facebook. E, como acontece muito no FB também, as pessoas, adivinhem, estavam reclamando. A principal questão era que a marca falava de diversidade e igualdade de gêneros e, nas fotos, os meninos ainda usavam roupas de meninos e as meninas de meninas. Cadê a diversidade?, perguntavam.

Diversidade virou questão de gênero e não acho que uma empresa do tamanho de uma C&A esteja preparada pra dar esse passo. O que para muitos é uma realidade, para outros é uma ideia que ainda não conseguem abraçar, nem mesmo entender.

E aí tem um ponto interessante que essa campanha levanta, mas a gente não percebe simplesmente porque talvez nem tenha sido seu propósito. É a questão dos dois lados. Em muitos assuntos sérios há um cabo de guerra. Ou você é uma coisa ou outra. O país já está dividido, partido em dois. E a C&A chega falando “a vida fica mais alegre quando nos juntamos. As cores ficam mais bonitas quando se encontram. Tudo junto e misturado. Nada de palidez, nada de solidão, nada de mau humor”. Parece apropriado pro momento.

No meio de tanta negatividade, me chamou atenção essa vibe positiva e “nova” vinda de uma marca que não é conhecida pelas campanhas mais ousadas. O que tem a ver uma publicidade de uma grande rede com o momento atual? Esse é um dos papeis da moda: refletir seu tempo, trabalhar com os temas atuais, levar informações de comportamento, provocar e, claro, alegrar, inspirar, embelezar, gerar auto estima nas comunidades ao seu alcance.

Bom, então fui ver o filme e me deparei com um monte de pelados correndo em meio a natureza, como se saídos de um livro do Ryan McGinley (certamente parece a inspiração pra cena ou de outros fotógrafos que têm essa mesma linguagem natural, como a super jovem Olivia Bee, Theo Gosselin…), em direção às peças da coleção. Baixos, altos, bonitos, estranhos, brancos, negros (só faltaram os gordinhos…). Mas no geral, muito legal, espírito jovem como há tempos não víamos em grandes campanhas no Brasil. Primeiro porque há um controle gigante por parte das marcas sobre seu conteúdo e um medo do consumidor não se identificar. Então, bota a Gisele que não tem erro. Segundo, porque as agências de propaganda tem dificuldade em entender como comunicar moda e acabam repetindo as mesmas fórmulas.

Diversidade é um assunto novo? Nunca deveria nem ter sido, já que todos merecem respeito. Mas faz sentido uma grande rede aborda-lo e, literalmente, fazer propaganda de uma convivência respeitosa e de um estilo menos careta. Sim, nas fotos tem a jaqueta e o shorts jeans, mas a ideia por trás da imagem é incentivar as pessoas a expressarem suas vontades, inclusive de estilo.

No You Tube e no Face, a maioria dos comentários que vi era positiva, as pessoas embarcaram nessa atmosfera e sentiram que era um conteúdo mais livre e diferente do que estão acostumados. Agora, para fechar o ciclo, é importante que essa sensação seja transportada para as lojas. Se vai falar de liberdade, isso tem que estar implícito na comunicação como um todo.

http://ffw.com.br/blog/moda/ca-da-um-passo-a-frente-em-nova-campanh...

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Só se ouve e se vê é a apologia à homossexualidade. Por isso alastra tanto! Na verdade existem homens e mulheres. A mistura são problemas individuais, que temos que respeitar, sem enaltecer.

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