A alta recente do dólar, cotado a mais de R$ 4 desde o fim de agosto, ocorreu no pior momento possível para o varejo de vestuário, segundo a ABVTex, que representa grandes redes de moda como Renner, C&A, Riachuelo, Marisa e Zara.
A desvalorização do real afeta duplamente o setor. Em um primeiro momento, no pagamento de tributos da coleção de primavera e verão, que começa a chegar ao país, de acordo com Edmundo Lima, presidente-executivo da entidade.
Além disso, coincide com a época de encomendas feitas para o inverno de 2019.
“Cerca de 30% do portfólio [dos associados] é importado. A volatilidade da moeda dificulta fazer projeções do que será comprado com uma antecedência de 6 a 9 meses.”
Produtos importados têm uma participação ainda maior nas vendas de inverno porque a produção local de roupas de frio com material sintético e alguns tipos de calçados é reduzida, afirma Lima.
“As tarifas de importação para vestuário e calçados estão no patamar mais elevado, de 35%, mesmo em categorias pouco fabricadas aqui.”
Apesar do impacto negativo nas vendas neste ano devido a eventos como um inverno pouco rigoroso, a paralisação dos caminhoneiros, a Copa e as eleições, a expectativa é ao menos manter os resultados de 2017, segundo ele.
A entidade não quantifica as projeções e resultados. “O mês de agosto foi bom. A preocupação agora é com as frentes frias que têm aparecido na entrada da coleção de primavera e verão.”
http://sbvc.com.br/cambio-tempestade-perfeita-moda/
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Não entendo a parte comercial da Cadeia Têxtil.
O Brasil importa 30% dos têxteis, portanto não é afetado significativamente.
Estamos caminhando para o verão, portanto as coleções predominantemente podem ser concentradas na Fibra de Algodão, onde somos o segundo maior exportador do mundo.
As eventuais quedas de temperatura que vem ocorrendo, não possibilitam uma programação racional de importação de modelos para baixas temperaturas, em tempo hábil e seguro.
É como vejo.
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