Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Café com Bioeconomia: SENAI CETIQT debate sobre as perspectivas para o ecossistema de inovação brasileiro segundo a Rede MCTI/EMBRAPII

No dia 14 de setembro, ocorreu a 16° edição do Café com Bioeconomia, que teve como objetivo debater sobre a Rede MCTI/EMPRAPII de Inovação em Bioeconomia e suas perspectivas para o ecossistema de inovação brasileiro. O debate contou com a presença dos convidados: Bruno Nunes – Coordenador-Geral de Ciência para Bioeconomia; Patricia Magalhães – Gestora de Inovação no CNPEM; Reinaldo Lucena – Diretor da Agrotec: bioeconomia no agronegócio; Thales Nogueira – Analista de Projetos EMBRAPII da SIF; Cristiane Rauen – Coordenadora das Redes de Inovação da EMBRAPII, e foi moderado por Paulo Coutinho – Pesquisador Chefe do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT.

Bruno Nunes, Coordenador-Geral de Ciência para Bioeconomia, inicia a discussão destacando a importância da Rede para o avanço no debate de pontos relevantes para a Bioeconomia. “A gente percebeu a capacidade da EMBRAPII, junto às suas unidades, que essa união poderia realmente abarcar os debates de uma forma muito qualificada, e não somente isso, mas também poderiam articular projetos, visto que as competências dessas unidades são muitas vezes complementares. Projetos poderiam ser desenvolvidos dentro dessa Rede de forma que a gente potencialize toda essa capacidade instalada no país. É uma grande satisfação ter participado desse movimento e continuar acompanhando os debates para tirar de lá os melhores subsídios para estruturar políticas baseadas em fatos, naquilo que realmente precisa ser feito para o setor.”, comenta. O Brasil, hoje, se encontra entre os cinco maiores produtores em três grandes áreas da agroindústria: produção de cana, produção de soja e produção de papel e celulose. Essa realidade demonstra que o país possui uma grande vantagem competitiva na área de bioeconomia no futuro. Diante desse cenário, Paulo Coutinho inicia a discussão destacando a importância da Rede para que o país expanda cada vez mais sua relevância dentro da bioeconomia, e convida Patricia Magalhães, Gestora de Inovação no CNPEM, para discutir as possibilidades de desenvolvimento da área.

“Nossa ideia, dentro do Comitê Técnico de Bioeconomia Industrial, é de ouvir as indústrias, empresas que atuam em bioeconomia aqui no Brasil, suas necessidades, para que a gente possa, como um grupo, ajudar a alavancar o setor de bioeconomia industrial. Perguntar quais são as demandas tecnológicas, no que estão trabalhando, quais são as prioridades de desenvolvimento… Ao ouvir mais de 100 empresas, alguns pontos se destacaram: químicos e energias renováveis, tecnologias de biorrefinaria, suplementos alimentares a partir da biodiversidade brasileira, agricultura sustentável, desenvolvimento de biodefensivos, biofármacos para doenças humanas e animais, reaproveitamento de resíduos industriais, entre outros”, declara Patricia.

Em seguida, Reinaldo Lucena é convidado a expor sobre o funcionamento do Comitê de Biodiversidade. “Dentro desse Comitê buscamos informações para desenvolver o uso sustentável e potencializar o uso da biodiversidade dos biomas brasileiros, em especial, a Amazônia. Teremos alguns pontos focais, como: desenvolvimento de pesquisas de inovação dentro da área de tecnologia de alimentos; bioeconomia florestal com ênfase na Amazônia; mapeamento de espécies da biodiversidade com potencial utilitário nos diferentes biomas; operar dentro da questão dos insumos biofármacos. Um dos objetivos do Comitê será a busca por fazer o mapeamento das espécies que são utilizadas pela indústria, como os produtos estão sendo produzidos a partir dessas espécies, e qual potencial ainda não está sendo aproveitado.”

Reinaldo ainda destaca que, além dessas atividades, também reconhecem a necessidade de dialogar com as bases das cabeças produtivas que utilizam esses recursos. “Essa base é composta pelos povos indígenas, populações tradicionais, extrativistas, e pessoas que convivem diariamente com o uso da biodiversidade para sua subsistência. É muito comum dentro de diversas indústrias, buscarem por pesquisadores dessas áreas, que dialogam com esses povos visando à descoberta de novos produtos”, ressalta.

Thales Nogueira, Analista de Projetos EMBRAPII da SIF, apresentou o Comitê Temático de Ecossistemas. “Temos como um dos principais objetivos mapear e definir quais são os principais pontos focais quando pensamos em ecossistemas de inovação. A partir disso, precisamos também conseguir aproximar os Institutos de Ciência e Tecnologia com as Bioindústrias. Além disso, precisamos pensar em desenvolver startups, hubs e parques tecnológicos. Sabemos que muitas startups, aqui no Brasil, não vão para frente. Um dos principais questionamentos é: como conseguimos fazer com que as startups tenham sucesso aqui no Brasil e fora? Nosso comitê tem o objetivo de apoiá-las.”. Thales ainda destaca a relevância de fortalecer a comunidade empreendedora do Brasil visto que essa comunidade está diretamente ligada aos ecossistemas de inovação.

Ainda falando sobre as startups, Cristiane Rauen, Coordenadora das Redes de Inovação da EMBRAPII, fala sobre o papel da EMBRAPII como apoio às startups. “É um prazer muito grande estarmos cada vez mais fortalecendo a nossa capacidade de apoiar startups que são áreas muito importantes para capacidade de inovação no mercado. Auxiliamos na capacidade de grandes projetos como fornecedores, e até mesmo como apoiadores científicos no caso de startups científicas em grandes projetos estruturantes nacionais”, declara.

Paulo Coutinho também destaca a reserva de recursos que a EMBRAPII coloca à disposição para projetos P&D. “A EMPRAPII oferece esse apoio tanto para startups, como para empresas de médio e grande porte. Então, qualquer um desses pode procurar uma das unidades. A grande vantagem do modelo EMBRAPII é a velocidade que conseguem fechar projetos. Diferentemente dos editais, FINEP, BNDES, que leva um tempo de análise, é possível assinar projetos em menos de um mês. Como a startup é uma empresa nascente que tem muitas dificuldades, esse acesso a esse tipo de financiamento fica muito interessante”, finaliza.

O Café com Bioeconomia é uma iniciativa do Portal de Bioeconomia, ocorre a cada quinze dias e os episódios ficam disponíveis no Spotify “Café com Bioeconomia”.

 

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