Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Calor Prejudica Vendas de Vestuário e Calçado - Portugal

O prolongamento do calor está a prejudicar as vendas de vestuário e calçado, a abrandar a produção nas fábricas e a tornar mais provável uma antecipação das promoções de Inverno, segundo a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

«A alteração do clima está a trazer dificuldades ao comércio. Se o verão se prolonga e entra pelo Outono, como é o caso, os consumidores não compram artigos de Inverno, o que atrasa as vendas e afecta toda a programação de encomendas nas fábricas», afirmouo vice-presidente da CCP, Vasco Melo, citado pela Lusa.

Há «grande quebra» nas encomendas

Representando cerca de 600 fábricas em Portugal, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) reconhece a existência de dificuldades na produção e admite uma «grande quebra» nas encomendas.

«Já vivemos uma situação de dificuldades e é extraordinariamente negativo o prolongamento do Verão, cujo efeito imediato é uma grande quebra de encomendas», disse João Costa, presidente da ATP.

As fábricas estão a «abrandar» a produção, acrescentou João Costa, justificando que as marcas só vão voltar a fazer novas encomendas aos fabricantes depois de escoarem os produtos à venda nas lojas.

A CCP não tem ainda números sobre as vendas das últimas semanas, mas admite que os lojistas não estão a conseguir escoar produto e que isso pode afectar o comércio dos próximos meses.

«Se as vendas começam mais tarde, vende-se menos. Os comerciantes, ao verem que as coisas não estão a correr bem, começam a pensar fazer promoções mais cedo, o que não é bom pois logo a seguir são os saldos», que têm lugar ainda antes do Natal, explicou Vasco Melo.

Mas o prolongamento do calor nem sempre é mau para o comércio. O vice-presidente da CCP reconhece que até é benéfico para o sector, excepto no que respeita a roupa e calçado.

«Para a generalidade do comércio de rua o bom tempo é favorável pois chama consumidores às ruas, para verem montras e eventualmente fazerem compras. Favorece também a vinda de estrangeiros a Portugal e estes também compram. Só mesmo para os sectores mais ligados à moda é que é muito prejudicial», concluiu Vasco Melo.

 

Fonte:|http://noticias.comunidade.com.pt/noticia-detalhe-media.asp?id=2942...

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